
O museólogo, historiador e escritor Gelci José Coelho, o Peninha, morreu nesta quinta-feira (16), aos 73 anos. Guardião da cultura do litoral de Santa Catarina, ele foi autor de livros e apoiador de atividades ligadas à herança dos açorianos na região da capital.
O sepultamento está marcado para as 17h desta quinta-feira, no Cemitério Municipal de São José, na Grande Florianópolis.
Nascido em São Pedro de Alcântara, na mesma região, Peninha foi por 12 anos assistente e aprendiz do folclorista Franklin Cascaes, que se dedicou a estudar as histórias contadas pelos moradores da Ilha de Santa Catarina.
Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuou como diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia Oswaldo Rodrigues Cabral.
Legado
Peninha colaborou com inúmeras iniciativas ligadas ao campo do patrimônio cultural e artes. Entre elas, na elaboração de oficinas que ensinavam a construir alegorias do folguedo folclórico do Boi de Mamão.
“Podemos dizer que ele é um dos melhores e mais originais contadores de histórias da cultura local. Mais do que isso. Ele é um multiartista: performático, provocador, pintor, escultor, dramaturgo, ator, criador de instalações urbanas, museólogo e, acima de tudo, um guardião das tradições das culturas populares do litoral de Santa Catarina”, diz a amiga e biógrafa, Isabel Orofino.
Dentre as lendas de autoria do historiador, a mais famosa é a do Baile das Bruxas em Itaguaçu. Ela fala que as pedras da praia do bairro Coqueiros, na parte continental de Florianópolis, seriam bruxas que foram petrificadas por não terem convidado o diabo para uma festa.
