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SC decide manter modelo de escolas cívico-militares após fim de programa do Governo Federal

Escola militar

Escola de Educação Básica Emérita Duarte Silva e Souza, em Biguaçu, é do modelo cívico-militar — Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC
Escola de Educação Básica Emérita Duarte Silva e Souza, em Biguaçu, é do modelo cívico-militar — Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC

O governo de Santa Catarina deve manter no mesmo regime e com recursos próprios as atividades nas nove escolas cívico-militares do estado depois que o Governo Federal decidiu pelo encerramento do programa implantado desde 2019 e que atende cerca de 5 mil alunos.

O fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi decidido em conjunto pelos ministérios da Educação e Defesa e comunicado aos secretários de Educação de todos os estados.

Criado em 2019, o programa de escolas cívico-militares permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares.

Além das nove escolas sob responsabilidade do governo catarinense outras 12 estão vinculadas a municípios.

Em relação as nove unidades estaduais, a Secretaria de Estado da Educação (SED) detalhou que as mudanças a partir do fim do Pecim estão previstas para 2024 e que ao longo deste ano letivo não terá alterações na forma de ensino.

“Nós sabemos do desejo das famílias catarinenses e dos estudantes em continuar com esse modelo por conta da qualidade da educação aliada à disciplina. Por isso, vamos continuar com nossas escolas nesse modelo e estamos estudando diversas melhorias”, declarou o governador Jorginho Mello, que não falou em elevar o número de unidades.

Escolas cívico-militares vinculadas ao governo estadual

  • EEB Emérita Duarte Silva e Souza – Biguaçu
  • EEB Cel Pedro Christiano Feddersen – Blumenau
  • EEB Prof. Irene Stonoga – Chapecó
  • EEB Joaquim Ramos – Criciúma
  • EEB Ildefonso Linhares – Florianópolis
  • EEB Cora Batalha da Silveira – Lages
  • EEB Ângelo Cascaes Tancredo – Palhoça
  • EEB Prof. Jaldyr Bhering Faustino da Silva – São Miguel do Oeste
  • EEB Henrique Fontes – Tubarão

Escolas cívico-militares vinculadas aos municípios catarinenses

  • Escola Vereador Raimundo Veit – Maravilha
  • Núcleo de Educacional João Fernando Sobral – Porto União
  • Centro Educacional Roberto Machado – Rio do Sul
  • EMEB Antônio Joaquim Henriques – Lages
  • EEB Jurema Hugem Palma – São Joaquim
  • Escola de Ensino Fundamental Paquetá – Brusque
  • EMEB Maria Linhares de Souza – Itapema
  • EMEB Prefeito Francisco Vito Alves – Itapema
  • CEM Professor Antônio Lúcio – Balneário Camboriú
  • Escola Básica Melvin Jones – Itajaí
  • Escola Municipal CAIC Irmã Joaquina Busaretto – Joinville
  • Escola Municipal Presidente Castello Branco – Joinville

A reportagem  tenta contato com as prefeituras locais para saber como ficam os locais a partir do fim do programa do Governo Federal.

Desmobilização das Forças Armadas

De acordo com o ofício enviado aos secretários estaduais, haverá uma desmobilização do pessoal das Forças Armadas dos colégios, e, com isso, a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade.

A decisão conjunta do Ministério da Educação e do Ministério da Defesa dá fim ao que era uma das prioridades do governo na gestão Bolsonaro.

Criado em setembro de 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.

O formato estabelecia uma cooperação entre MEC e Ministério da Defesa para dar apoio às escolas que optassem pelo novo modelo, bem como na preparação das equipes civis e militares que atuariam nessas instituições.

O programa descrevia que a parte pedagógica da escola permaneceria com os educadores civis, mas a gestão administrativa da instituição seria feita por militares.

  • Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.
  • Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.

Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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