
A operação que prendeu o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, Silvinei Vasques, também cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra agentes do órgão em Santa Catarina. São eles Wendel Benevides Matos e Antonio Melo Schlichting Junior.
A ação coordenada por Brasília com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quer esclarecer o uso da máquina pública para interferência nas eleições de 2022. A operação da PRF no segundo turno das eleições, interferiu na movimentação de eleitores, é investigada.
Alvo de um mandado de busca e apreensão nesta manhã, Matos é ex-corregedor Geral da PRF. Exonerado em 5 de abril deste ano, foi transferido de Brasília para a Universidade Corporativa da PRF, em Florianópolis.
Já Schlichting Junior é ex-diretor geral de Combate ao Crime da PRF. Atualmente, ele está lotado na 1ª Delegacia da PRF, em São José, na Grande Florianópolis.
A reportagem do g1 tenta contato com a defesa dos alvos. Em nota, a PRF afirmou que acompanha a operação e colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência do ex-diretor (leia a íntegra abaixo).
Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro de 2022, de acordo com a PF. Além de Santa Catarina, a polícia cumpre mandados no Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
De acordo com a Polícia Federal, são investigados os crimes de prevaricação e violência política. Além disso, os investigadores apuram o crime relacionado a impedir o exercício do voto no dia da eleição.
O nome da “Operação Constituição Cidadã” é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia.
O que diz a PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a Operação Constituição Cidadã, que resultou na prisão do ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, ocorrida na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis (SC), e no cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF), determinados pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O Corregedor-Geral da PRF, Vinícius Behrmann, acompanha a operação, desde o início da manhã, na Sede da Polícia Federal, em Brasília. A PRF colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência do ex-diretor-geral no segundo turno das eleições para a Presidência da República, em 30 de outubro de 2022, com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais.
Paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares, no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor-geral da PRF.
