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Doceira condenada por enviar doces envenenados a adolescente é presa usando nome falso em Itapoá

itapoa

Uma doceira de 56 anos, condenada por enviar brigadeiros envenenados a uma adolescente que fazia aniversário de 15 anos, foi presa nesta quinta-feira (26) em Itapoá, no Norte de Santa Catarina. Margareth Aparecida Marcondes era considerada foragida e estava usando nome falso, segundo a Polícia Civil.

O crime ocorreu em 2012, na cidade de Curitiba (PR), e teve grande repercussão na época. A doceira foi condenada a 13 anos de prisão, em agosto de 2017, por quatro tentativas de homicídio. Além da garota, outras três pessoas provaram os doces.

Em nota, a defesa da mulher afirmou que desde o início do processo sustentou a negativa de autoria e necessidade um novo júri “por manifesta contrariedade à prova dos autos”.

Os advogados Mariel Muraro e Rafael Augusto da Silva também afirmaram que “segue analisando o processo de execução da pena agora tramitação e, em paralelo, estuda a viabilidade de revisão criminal para reabertura do caso” (leia a íntegra da nota mais abaixo).

Caso

Margareth trabalhava como doceira na cidade e a família da adolescente havia encomendado doces para a festa de 15 anos da garota. Segundo as investigações, antes da festa, a autora enviou algumas amostras de doces para a casa da vítima por meio de um taxista com um bilhete que dizia para ela prová-los.

Na época do crime, a polícia informou que a condenada era amiga da família da vítima. Ela teria chegado a confessar o crime, mas não soube explicar o motivo.

A adolescente chegou a ficar internada na Unidade de Terapia Intensitva (UTI) por oito dias e teve paradas cardíacas. Os outros três menores também provaram os doces e foram levados para o hospital com quadro de intoxicação.

A prisão foi confirmada pela delegacia de Polícia Civil de Itapoá. Após a detenção, ela foi encaminhada ao Presidio Regional de Joinville.

O que diz a defesa

A defesa de MARGARETH APARECIDA MARCONDES recebeu com serenidade a notícia do cumprimento do mandado de prisão em desfavor de sua constituinte. Esclarece que foi contratada para atuação nas fases recursais, após condenação pelo tribunal do júri, tendo o Tribunal de Justiça do Paraná reduzido a pena de 30 anos para o patamar de 13 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.

Outrossim, esclarece a defesa que desde o início do processo foi sustentada negativa de autoria e necessidade de submissão do caso a novo júri por manifesta contrariedade à prova dos autos, uma vez que o laudo toxicológico resultou negativo para a existência de veneno na sobra de brigadeiro (popularmente conhecido como “Chumbinho”), não havendo nexo entre a causa (ingestão de doce) e efeito (lesão) nas vítimas.

A defesa segue analisando o processo de execução da pena agora tramitação e, em paralelo, estuda a viabilidade de revisão criminal para reabertura do caso.

Margareth foi condenada, em agosto deste ano, por quatro tentativas de homicídio — Foto: Reprodução/RPC
Margareth foi condenada, em agosto deste ano, por quatro tentativas de homicídio — Foto: Reprodução/RPC

Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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