Vereadores adotam tolerância zero à violência contra mulher na nova legislatura em Joinville

Na argumentação da denúncia, uma das situações descritas é a de uma intervenção do vereador em que ele recomenda a uma colega parlamentar para que fique quieta. Em sua defesa, ele alega que estava no seu tempo de fala. Ainda assim, há outras formas de fazer valer o seu tempo, como por exemplo, educadamente, pedir licença.

Ao aceitarem a denúncia, os vereadores também marcam uma posição simbólica no início do mandato. A de que não irão aceitar qualquer forma de desrespeito às mulheres.

Esse cenário de tolerância zero para qualquer gesto de violência é necessário. Os parlamentares precisam dar o exemplo mínimo de respeito para com as mulheres que, do lado de fora do parlamento, estão sendo assassinadas.

Um gesto mínimo de violência, quando tolerado, gera outro de maior intensidade que num ciclo vicioso resulta no cenário trágico encontrado em Santa Catarina. Entre janeiro e fevereiro, seis mulheres foram assassinadas, vítimas de feminicídio no Estado.