
A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, enquanto se preparava para retornar ao Brasil após uma etapa de tratamento contra o câncer nos Estados Unidos. A artista passou mal durante o trajeto de ambulância até o aeroporto e precisou retornar ao hospital, mas não resistiu.
Preta lutava contra um adenocarcinoma no reto, diagnosticado em janeiro de 2023, após sentir fortes dores abdominais. Internada inicialmente no Rio de Janeiro, a cantora deu início a um tratamento intenso que incluiu cirurgia, sessões de quimioterapia, radioterapia e diversas internações.
Desde maio deste ano, ela realizava um novo ciclo de tratamento no exterior, dividindo-se entre o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, e o Virginia Cancer Institute, em Washington. A informação da morte foi confirmada por sua assessoria de imprensa por meio de nota oficial.
A artista enfrentou uma recidiva meses após o tratamento inicial, o que a levou a buscar alternativas terapêuticas fora do país. A ida aos Estados Unidos representava uma nova tentativa de vencer a doença.
Filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil, Preta construiu uma carreira sólida na música brasileira, marcada por sua irreverência, voz potente e defesa constante da diversidade, dos direitos das mulheres e do combate à gordofobia. Sua presença também foi marcante na televisão, na internet e em movimentos sociais.
Preta Gil deixa um legado artístico e pessoal, sendo uma das vozes mais autênticas e engajadas da música brasileira contemporânea.