
Secretaria de Educação encaminhou imagens à Polícia Civil; investigação segue com coleta de provas e depoimentos
O caso envolvendo a denúncia de um suposto estupro de vulnerável em um Centro de Educação Infantil (CEI) do bairro São Cristóvão, em Barra Velha, continua em investigação e ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (13).
A secretária municipal de Educação, Cultura e Desporto, Fernanda Roberta Chagas, informou que todas as imagens de segurança relacionadas ao caso foram enviadas nesta manhã à Polícia Civil, que conduz as investigações sob responsabilidade do delegado Willer Pereira de Lima.
Como medida preventiva, o servidor suspeito foi afastado temporariamente de suas funções. A secretaria instaurou também um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar internamente os fatos.
“Estamos colaborando integralmente com os órgãos de Segurança Pública e acompanhando o caso com total responsabilidade”, afirmou Fernanda.
A pasta ressaltou ainda o compromisso com a lisura do processo e com o acolhimento à família da criança, mantendo contato com órgãos competentes para garantir apoio e proteção.
Investigação policial
Segundo a delegada titular de Barra Velha, Milena de Fátima Rosa, a denúncia partiu da mãe de uma criança de 3 anos e aponta a suspeita de abuso sexual por parte de um funcionário do CEI.
Um Inquérito Policial (IP) foi instaurado. O suspeito chegou a ser conduzido à Central de Polícia de Itajaí, mas responderá em liberdade.
“Não havia flagrante nem elementos suficientes para a prisão em flagrante. Por isso, ele foi liberado, e o inquérito segue com a coleta de depoimentos e provas”, explicou a delegada.
As próximas etapas incluem oitivas de testemunhas e familiares, análise das câmeras de segurança e realização de exames periciais.
Cautela e responsabilidade nas redes sociais
A Polícia Civil e a Secretaria Municipal de Educação pedem calma e prudência à população. O compartilhamento de nomes, fotos e acusações sem decisão judicial é crime, sujeito a penas como processos por calúnia, difamação e injúria, além de prisão.
Expor a identidade da criança ou de familiares é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Casos anteriores mostram o risco de julgamentos precipitados.
“Infelizmente, já tivemos situações em que pessoas inocentes foram linchadas ou até mortas após acusações baseadas apenas em boatos”, alertou uma fonte policial.
O apelo das autoridades é para que a Justiça e os órgãos competentes atuem sem interferência de pressões populares ou condenações antecipadas.
Relembre o caso
O caso ocorreu na terça-feira, 12 de agosto. A Polícia Militar foi acionada após denúncia feita pela mãe da criança. O atendimento inicial foi realizado no local e encaminhado para a Polícia Civil, que agora lidera a investigação. O Conselho Tutelar também está atuando no caso, prestando apoio psicológico e social à família.
