
Durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou ter se encontrado brevemente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, os dois líderes concordaram em conversar novamente na próxima semana.
— Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos, nos abraçamos, e em poucos segundos combinamos de marcar uma reunião. Foram 39 segundos, mas com excelente química — afirmou Trump, arrancando risos da plateia.
A fala ocorreu após o republicano mencionar as tarifas de 50% aplicadas contra o Brasil desde o início de agosto. As medidas, segundo Trump, teriam sido motivadas por retaliação ao processo judicial enfrentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e por práticas comerciais consideradas desleais.
O gesto de Trump foi interpretado como sinal de abertura para uma revisão das sobretaxas, que atingem produtos brasileiros de diferentes setores. Até então, o presidente norte-americano havia evitado tocar diretamente no tema das sanções em sua fala, que durou quase uma hora.
Apesar de destacar o encontro com Lula, Trump voltou a criticar a economia brasileira:
— O Brasil tarifou os Estados Unidos de forma muito injusta. Por isso tivemos de retaliar. O país vai mal e continuará indo mal se não trabalhar conosco. Sem os Estados Unidos, o Brasil vai falhar, como outros já falharam — declarou.
Com a sinalização de diálogo, cresce a expectativa sobre uma possível flexibilização das medidas econômicas, caso a reunião entre os dois presidentes realmente aconteça na próxima semana.




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