
Francimar Pontes Soares, de 55 anos, é acusado de lesar fiéis e outras vítimas por meio de supostos investimentos na bolsa de valores. Prejuízo estimado chega a R$ 457 mil.
A Polícia Civil do Amazonas prendeu, na terça-feira (2), o pastor Francimar Pontes Soares, 55 anos, suspeito de aplicar golpes financeiros contra fiéis e outras pessoas, utilizando uma empresa que prometia investimentos lucrativos na bolsa de valores. A prisão foi realizada por equipes do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em Manaus.
De acordo com o delegado Adriano Félix, responsável pelo caso, Francimar se apresentava simultaneamente como pastor e investidor financeiro. Desde fevereiro de 2022, ele acumula pelo menos cinco Boletins de Ocorrência, todos envolvendo o mesmo tipo de estelionato.
As vítimas afirmam que eram abordadas pelo suspeito dentro da igreja, onde ele prometia dobrar o valor aplicado em poucos meses. Um dos casos que mais chama atenção é o de um casal que havia recebido um inventário familiar e buscava comprar a casa própria. Sem ter o valor suficiente, foram convencidos pelo pastor a contrair um empréstimo para aumentar o investimento — com a garantia de retorno rápido e lucrativo.
O casal repassou R$ 237 mil à empresa de Francimar. Como retorno, recebeu apenas uma transferência de R$ 1,8 mil, antes que o suspeito desaparecesse. As investigações revelam que o dinheiro das vítimas era utilizado para gastos pessoais e viagens. Uma delas foi justamente para Balneário Piçarras, onde o pastor esteve em fevereiro deste ano.
Monitorado desde setembro, quando retornou a Manaus, Francimar foi preso na avenida Constantino Nery, na zona Centro-Sul da capital amazonense. Ele foi encaminhado ao 22º DIP para os trâmites legais e responderá pelo crime de estelionato, permanecendo à disposição da Justiça.
A Polícia Civil informou ainda que há indícios de que outras pessoas possam ter sido vitimadas, inclusive em Balneário Piçarras, onde o suspeito viveu por um período. As autoridades devem compartilhar informações com a Polícia Civil de Santa Catarina para ampliar o escopo das investigações.




















