
A Câmara dos Deputados rejeitou, na noite desta quarta-feira (11), o pedido de cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ao todo, foram 227 votos a favor da perda do mandato e 170 contra, além de 4 abstenções. Apesar da maioria simples favorável à cassação, a votação não atingiu o mínimo de 257 votos, exigidos por lei para cassação de mandato parlamentar.
A denúncia analisada pelo plenário tinha como base o episódio de 26 de outubro de 2022, quando Zambelli perseguiu um homem armado nas ruas de São Paulo, um dia antes do segundo turno das eleições. A ação foi considerada incompatível com o decoro parlamentar pelo Conselho de Ética, que havia aprovado parecer pela cassação.
Durante a sessão, parlamentares governistas e de oposição se dividiram em discursos acalorados. Deputados favoráveis à cassação argumentaram que a conduta da deputada colocou vidas em risco e feriu gravemente a imagem institucional da Câmara. Já os defensores de Zambelli afirmaram que houve exagero na interpretação dos fatos e que a cassação seria desproporcional.
Com o resultado, Zambelli mantém seu mandato e segue exercendo suas funções legislativas. A decisão frustrou expectativas de parte da Casa que defendia uma punição mais severa. O episódio reacende o debate sobre limites da imunidade parlamentar, responsabilização de agentes públicos e a atuação do Conselho de Ética da Câmara.
O processo é considerado um dos mais polêmicos do ano no Legislativo e deve continuar repercutindo no cenário político nacional nos próximos dias.




















