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“A gente tem que proteger a economia de Santa Catarina”, diz Jorginho Mello sobre tarifa dos EUA

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Governador critica proposta de reciprocidade do governo federal e diz que Estado estuda medidas para mitigar impacto nas exportações

Durante o lançamento da feira Efapi do Brasil 2025, na noite desta quarta-feira (16), em Chapecó (SC), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), comentou os efeitos da nova taxação imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Ele classificou a medida como um problema grave e afirmou que está em diálogo com a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) para estudar alternativas de proteção aos exportadores catarinenses.

— Temos um problema colocado por um país que é forte, que é gigante (os EUA), e que a gente precisa ter sabedoria para lidar com isso — disse Jorginho. — Estou fazendo um portfólio de produtos para poder falar sobre produtos, não sobre Estados. Quem sabe, mais adiante, a gente possa dispensar a taxação de produtos que Santa Catarina exporta.

O governador também criticou a postura do governo federal, que vem cogitando aplicar uma taxa de reciprocidade contra produtos americanos, em resposta ao tarifaço. Para Jorginho, o momento exige cautela.

— O governo federal tem que parar de falar em taxa de reciprocidade, que é como dar pancada. Não está em condições. Está meio com dor de barriga. Quem está com dor de barriga, não pode fazer muita força — ironizou.

Segundo ele, a situação pode mudar rapidamente e, por isso, não se deve agir por impulso ou buscar uma revanche comercial imediata.

— Não dá para ir na fumaça, fazer uma reciprocidade unilateral. Evidentemente que a gente tem que proteger a economia de Santa Catarina. Ainda bem que nós estamos bem. Passamos o Estado a limpo, temos folga financeira. Por isso, vamos ser parceiros dos empresários, como sempre fomos — completou.

Preocupação em Chapecó

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, também demonstrou preocupação com os efeitos da tarifa americana, que impôs uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros.

— Nós temos máquinas e equipamentos fabricados para empresas dos Estados Unidos, temos em Chapecó uma empresa americana que produz snacks com pele de porco, a Rudolph, que exporta para o mercado americano. Temos ainda empresas de madeira e móveis que também serão afetadas — explicou Rodrigues.

Além disso, agroindústrias catarinenses do setor de proteína animal, como a Aurora Coop, também exportam para os EUA. A cooperativa foi a primeira do Brasil a vender carne suína para o mercado norte-americano, especialmente o corte de costela. Até o momento, a Aurora não se pronunciou oficialmente sobre os impactos da nova política tarifária.

A feira Efapi do Brasil 2025, que motivou o evento, será realizada em outubro do próximo ano, com uma programação que incluirá shows nacionais, exposições e rodadas de negócios. O lançamento da feira acabou sendo ofuscado pela tensão comercial com os EUA, um dos principais mercados de exportação para diversos setores da economia catarinense.

Governador Jorginho Mello ao lado de João Rodrigues, prefeito de Chapecó, cidade que vai sediar a Efapi em outubro (Foto: Prefeitura de Chapecó, Divulgação) Via: NSC 

Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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