
Agentes de educação infantil e auxiliares de educação especial de Barra Velha estarão nesta terça-feira, dia 19, no Plenário Getúlio Bittencourt, da Câmara de Vereadores, fazendo pressão contra a proposta municipal que estipula o salário-base das duas categorias.
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“O aumento é pouco, e estamos nos reunindo para ir na câmara reivindicar”, adianta uma das líderes das profissionais, que prefere não ter seu nome divulgado. “Estamos insatisfeitas com o reajuste. Nosso salário está muito defasado, não temos nem comparação com os municípios vizinhos, onde o mesmo cargo recebe o dobro e tem uma carga horária menor”, aponta ela.
Dados de 2023 apontam o trabalho por volta de 60 profissionais na rede. Neste ano, segundo a auxiliar, ainda não há dados concretos, mas sabe-se que esse número tende a ser maior, pois a matrícula de crianças com deficiências aumentou significativamente.
Para as auxiliares barra-velhenses, o salário base é de R$ 1.501,84, mais o vale alimentação de R$ 407,00.
Muitas ainda pagam a graduação. As auxiliares ficam com até três alunos com laudo, dependendo da deficiência e do grau da deficiência da criança. “Não tem hora-atividade e precisam fazer anotações sobre o dia do aluno nos horários de descanso, em casa”, detalha ela.
Já as agentes de Educação Infantil eram 50 em 2022, de acordo com o edital aberto na ocasião. O número de profissionais ainda deve girar em torno desse índice. A base salarial é a mesma: R$ 1.501,84, mais o vale de alimentação de R$ 407,00.
As agentes efetivas têm o desconto do Ipreve, Instituto de Previdência, estipulado em 14% dos vencimentos – em torno de R$ 210,00, muitas ainda são estudantes e pagam a graduação. A Prefeitura concede ajuda de custo de 30%. As contratadas arcam com o valor integral da graduação.
“Desde meados de agosto de 2023 iniciou-se uma verdadeira corrida contra o tempo; começamos a reivindicar melhorias e aumento salarial. Ainda ano passado foi formada uma comissão para que pudesse levar adiante os anseios da nossa classe”, observa a professora.
Neste ano, houve inclusive agenda com o prefeito em exercício, Daniel Pontes da Cunha (PSD). “Esperávamos aumento salarial compatível para que em pelo menos em dois anos, chegássemos a receber próximo do que é aplicado ao mesmo cargo nas cidades vizinhas”, detalha a auxiliar. Mas o projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores garante aumento de pouco mais de 250 reais.
“Vamos acatar este aumento, se é que podemos classificá-lo desta forma, por 2024 se tratar ano eleitoral, mas reiteramos que vamos lutar por um ajuste salarial digno e compatível, em outubro, passado todo esse período eleitoral. E vamos em frente novamente”, assegura.

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