Diariamente, Santa Catarina registra 198 casos de violência contra a mulher. Na Comarca de Canoinhas, os números também são alarmantes. De janeiro a junho deste ano, foram registrados 206 pedidos de medidas protetivas de urgência, com 192 deferidos. No mesmo período, foram iniciados 39 processos de violência doméstica.
Para conscientizar alunos, professores e profissionais da educação sobre a importância do combate à violência doméstica e à violência contra a mulher, a Promotora de Justiça Ana Maria Horn Vieira Carvalho, titular da 4ª Promotoria de Justiça, realizou palestras nas Escolas de Educação Básica Colombo Machado Salles, em Três Barras, e Julia Baleoli Zaniolo, em Canoinhas.
As palestras ocorreram em momentos distintos. Na quinta-feira (1°/8), mais de 50 alunos da escola de Três Barras participaram. Já nesta quarta-feira (7/8), cerca de 280 estudantes da 1ª, 2ª e 3ª séries da unidade escolar canoinhense foram impactados pela iniciativa.
No cenário contemporâneo, a luta pela igualdade de gênero e a erradicação da violência contra a mulher representam pilares fundamentais na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. O “Agosto Lilás” é uma importante iniciativa para promover a reflexão, a sensibilização e a ação coletiva em prol do combate à violência contra a mulher. Esta campanha transcende fronteiras geográficas e culturais, sendo relevante para alertar sobre a persistência de uma realidade marcada por abusos, agressões e desigualdades de gênero.
Origem e Significado da Campanha Agosto Lilás – O “Agosto Lilás” é uma campanha de conscientização que teve origem no Brasil e se expandiu para outros países. O termo “Lilás” é uma referência à cor escolhida para simbolizar a luta contra a violência de gênero. O mês de agosto foi escolhido devido a datas marcantes relacionadas aos direitos das mulheres: em 13 de agosto de 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha no Brasil, que busca prevenir e punir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A campanha busca chamar a atenção da sociedade para a persistente violência que afeta as mulheres e encorajar a denúncia e o enfrentamento dessa realidade. Além disso, o “Agosto Lilás” também promove a reflexão sobre a igualdade de gênero e a necessidade de conscientização contínua para resolvermos o problema.
Realidade da Violência contra a Mulher: Números e Estatísticas – A violência contra a mulher é um problema global que transcende fronteiras culturais, sociais e econômicas. As estatísticas revelam a magnitude do problema e a urgência de ações eficazes para combatê-lo. De acordo com a ONU Mulheres, uma em cada três mulheres no mundo – o que equivale a cerca de 736 milhões de mulheres – já sofreu violência física ou sexual, muitas vezes nas mãos de um parceiro íntimo. No Brasil, país em que o “Agosto Lilás” ganhou origem, os números também são expressivos. Enquanto a média global de mulheres violentadas fica em 27%, no Brasil, o número registrado pela pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Público, em parceria com o Instituto Datafolha, ficou em 33%. A pesquisa foi divulgada em 2023, mas tem relação com números coletados em 2022. Quando abrangeu o recorte da pesquisa para violência física, sexual e psicológica, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número chega a 43%.
Quais são os tipos de violência contra a mulher? – A violência contra a mulher não se limita apenas à violência física, mas engloba diversos tipos de abuso que podem ter impactos profundos na saúde física e mental das vítimas. Alguns dos principais tipos de violência incluem:
Violência Física – Envolve agressões físicas que causam dor, lesões ou até mesmo a morte. Isso pode incluir tapas, socos, estrangulamento e outras formas de violência que causam danos ao corpo.
Violência Sexual – Compreende qualquer ato sexual não consensual, incluindo estupro, coerção sexual e exploração sexual. Também inclui o casamento forçado e outras práticas prejudiciais.
Violência Psicológica – Engloba ações que causam danos emocionais, como humilhação, manipulação, controle excessivo, ameaças e intimidação. Esse tipo de violência muitas vezes é subestimado, mas pode ser igualmente destrutivo.
Violência Sexual – Compreende qualquer ato sexual não consensual, incluindo estupro, coerção sexual e exploração sexual. Também inclui o casamento forçado e outras práticas prejudiciais.
Violência Psicológica – Engloba ações que causam danos emocionais, como humilhação, manipulação, controle excessivo, ameaças e intimidação. Esse tipo de violência muitas vezes é subestimado, mas pode ser igualmente destrutivo.
Violência Patrimonial – Refere-se à privação do acesso da mulher aos seus próprios bens, recursos e patrimônio, bem como ao dano deliberado a esses bens.
Violência Moral – Inclui a disseminação de rumores difamatórios, calúnias e outros comportamentos que visam manchar a reputação da mulher.
Violência Moral – Inclui a disseminação de rumores difamatórios, calúnias e outros comportamentos que visam manchar a reputação da mulher.
Violência Digital – Surgiu com a ascensão da tecnologia e das mídias sociais, e inclui assédio online, vazamento de fotos íntimas sem consentimento e ameaças virtuais.
Importância da Campanha e Como Realizar Denúncias – A campanha Agosto Lilás é de extrema importância para alertar a sociedade sobre a violência contra a mulher, desconstruir estereótipos de gênero e promover a igualdade. Ela desempenha um papel fundamental ao incentivar as vítimas a romperem o silêncio e buscarem ajuda, bem como ao educar a população sobre a responsabilidade coletiva de criar um ambiente seguro e respeitoso para todas as mulheres.
Polícia: Em casos de emergência ou risco iminente, entre em contato com as autoridades policiais locais. A polícia está habilitada a agir rapidamente em situações de violência.
Central de Atendimento à Mulher: No Brasil, o número 180 é a Central de Atendimento à Mulher em situação de violência. O serviço oferece orientações, suporte emocional e encaminhamento para os órgãos competentes.
Delegacias Especializadas: Muitas cidades possuem delegacias especializadas em atender casos de violência contra a mulher. Essas delegacias são projetadas para garantir um tratamento sensível e especializado às vítimas.
Organizações Não Governamentais (ONGs): Existem várias ONGs que trabalham para apoiar as mulheres vítimas de violência. Elas oferecem assistência jurídica, psicológica e social, além de promoverem a conscientização e a defesa dos direitos das mulheres.
Organizações Não Governamentais (ONGs): Existem várias ONGs que trabalham para apoiar as mulheres vítimas de violência. Elas oferecem assistência jurídica, psicológica e social, além de promoverem a conscientização e a defesa dos direitos das mulheres.
Se você foi ou é vítima de violência contra a mulher, não fique em silêncio, denuncie.
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