
Produção no estado é 15% superior à da safra anterior; Brasil bate recorde histórico com 350,2 milhões de toneladas.
Santa Catarina deve colher 8,09 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, segundo o 12º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (11). O volume representa um crescimento de 15% em relação à safra passada, que fechou em 7,04 milhões de toneladas.
O aumento é atribuído à elevação da produtividade por hectare, que passou de 4.944 quilos em 23/24 para 5.667 quilos na safra atual, um salto de 14,6%. A área cultivada no estado avançou apenas 0,3%.
Desempenho por cultura em SC
-
Soja: 3,22 milhões de toneladas (+8,8%)
-
Milho: 3,11 milhões de toneladas (+31,2%)
-
Arroz: 1,27 milhão de toneladas (+12%)
-
Feijão: 113,1 mil toneladas (+4,6%)
Produção nacional bate recorde
No cenário brasileiro, a safra de grãos 2024/25 chega a 350,2 milhões de toneladas, a maior da história, superando o recorde de 2022/23 (324,36 milhões). O crescimento de 16,3% sobre o ciclo anterior representa um acréscimo de 49,1 milhões de toneladas.
Entre os destaques estão:
-
Soja: 171,5 milhões de toneladas (recorde histórico)
-
Milho: 139,7 milhões de toneladas (maior colheita já registrada)
-
Algodão: 4,1 milhões de toneladas de pluma (+9,7%)
-
Arroz: 12,8 milhões de toneladas (+20,6%)
-
Feijão: cerca de 3,1 milhões de toneladas, garantindo abastecimento interno
Impactos econômicos e sociais
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou que o resultado histórico fortalece a segurança alimentar:
“Apresentamos ao Brasil a maior safra agrícola da história, com recordes em soja e milho. Voltamos a fazer estoques públicos depois de mais de uma década, o que fortalece a Conab como instrumento essencial para combater a fome.”
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou o papel do setor para a economia:
“Esse resultado garante estabilidade de preços internos, contribui para o controle da inflação e fortalece a balança comercial, que também registra recordes.”
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, frisou o impacto direto na vida da população:
“Estamos vivendo um momento em que há deflação dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. O país saiu do Mapa da Fome e fortaleceu a soberania alimentar.”
Condições climáticas favoreceram
O avanço da produção nacional também se deve à expansão da área cultivada, que passou de 79,9 milhões para 81,7 milhões de hectares, e às condições climáticas favoráveis, especialmente no Centro-Oeste. A produtividade média das lavouras brasileiras cresceu 13,7%, alcançando 4.284 kg/ha, frente a 3.769 kg/ha na temporada anterior.
