
Reajuste será pago em duas etapas ainda em 2025 e deve beneficiar cerca de 90 mil servidores da Educação
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou nesta semana o projeto que concede reajuste salarial de 11% aos professores da rede pública estadual. O aumento será implementado em duas parcelas ainda neste ano: 6,5% em julho e 4,5% em dezembro.
Segundo a secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta, cerca de 90 mil servidores – entre ativos e inativos – serão contemplados com o reajuste. Ela destacou que o aumento supera a inflação do período e reforça o compromisso do Estado com a valorização da carreira docente.
“Estamos investindo na formação continuada dos nossos professores e buscando melhorar cada vez mais as condições de trabalho”, afirmou Ceretta.
Emendas rejeitadas geram debate no plenário
Apesar do avanço, a proposta foi alvo de críticas. A deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesc, apresentou emendas ao projeto que previam um reajuste maior, de 23%, com o objetivo de compensar perdas históricas dos profissionais da educação. As emendas foram rejeitadas pelo plenário, o que gerou tensão durante a sessão.
“Eu queria perguntar para algum deputado aqui se aceitaria ter uma graduação, uma especialização, ficar 25 anos na sala de aula para se aposentar com o mesmo salário?”, questionou Carminatti, em discurso emocionado.
Em resposta, o deputado Ivan Naatz (PL) defendeu a rejeição das emendas, argumentando que um aumento maior comprometeria as finanças do Estado:
“Aprovar as emendas da deputada Carminatti seria quebrar o Estado. Por isso, elas foram rejeitadas”, afirmou.
Valorização e limites orçamentários
O reajuste aprovado foi celebrado como um avanço na valorização do magistério, mas também evidenciou os desafios de equilibrar investimentos em educação com a responsabilidade fiscal do Estado.
