
O caso de um policial militar morto a tiros em Barra Velha, no Norte de Santa Catarina, durante a noite desta quarta-feira (5), ganhou novos capítulos nesta quinta-feira (6). A principal suspeita, a esposa da vítima, assumiu ter cometido o crime, porém mudou sua versão do que teria motivado o assassinato. Em depoimento, Ester do Santos, de 47 anos, disse que a motivação do crime seria não aceitar o fim do relacionamento com o policial militar aposentado Hogino Rodrigues dos Santos, de 56 anos.
Isso desmente a primeira versão apresentada por Ester, que afirmou em um primeiro momento que matou a vítima após ele tentar fazer um “acordo sexual” envolvendo suas filhas. O delegado de Barra Velha, Procópio Batista Silveira Neto, explica que a versão da suspeita mudou com o andamento das investigações.
“A autora chegou com uma versão montada, de que teria feito isso em defesa da honra das filhas, mas com as provas angariadas durante a madrugada pela Polícia Civil e em confronto com a autora, ficou muito claro que a razão pelo qual ela matou, de forma premeditada, foi porque ela não aceitava o término do relacionamento”, diz.
Antes desta versão, Ester afirmava que a motivação para o crime era diferente. A mulher teria relatado que, ao pedir dinheiro ao companheiro para realizar uma cirurgia, ele fez uma contraproposta: para dar o valor solicitado, ela deveria concordar que ele tivesse relações sexuais com as filhas dela, de 17 e 22 anos.
No local, após a prisão, mulher chegou a gritar, de dentro do carro da viatura: “Nojento, nojento. Eu vou postar o que você fez”, dizia. De acordo com o delegado, a proposta financeira realmente aconteceu, mas isso não teria motivado o crime. “A proposta financeira foi feita a autora, que aceitou e repassou para a própria filha, que também teria aceitado e tido relações com a vítima. Isso tudo de forma consentida por todos”, explica Procópio.
Na residência, a guarnição da Polícia Militar encontrou 11 cápsulas de munição no chão do quarto e sala. Eles estavam juntos a aproximadamente três anos. Ela foi presa por homicídio logo após o ocorrido e permanece à disposição da Justiça.
