A história da pequena Melissa, de apenas 4 anos, chocou a comunidade de São João dos Cavalheiros, em Três Barras. A menina, que começou a apresentar sintomas de dor de garganta no dia 30 de agosto, teve um desfecho trágico após receber uma injeção de Benzetacil, um medicamento conhecido por tratar inflamações na garganta.
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Veridiane Aparecida Alves de Lima, mãe da menina e auxiliar de dentista no posto de saúde local, levou Melissa até a unidade para atendimento. Após a aplicação da injeção, o estado da criança se deteriorou rapidamente. Manchas roxas começaram a aparecer em sua perna, levando Veridiane a retornar ao posto de saúde. Contudo, a médica que a atendeu minimizou a situação ao afirmar que se tratava de uma simples alergia.
Preocupado com o agravamento do quadro da filha, Jucélio Pereira, pai de Melissa, decidiu levá-la ao Pronto Atendimento. Novamente, os médicos atribuíram os sintomas à alergia e prescreveram medicamentos antialérgicos. A situação continuou a piorar até que, no dia seguinte, outra médica reconheceu a gravidade do caso e encaminhou Melissa para o Hospital Materno Infantil Jesse Amarante em Joinville.
No trajeto para o hospital, a menina sofreu duas paradas cardíacas. Uma tomografia revelou que a circulação em sua perna estava comprometida e que seu coração e fígado estavam em risco. Segundo familiares, os médicos informaram que a injeção pode ter sido aplicada incorretamente na veia ou artéria femoral.
Infelizmente, após várias cirurgias para tentar salvar a perna da criança, os médicos decidiram pela amputação acima da virilha. “Na quinta cirurgia os médicos disseram que precisavam evitar trombose; era a vida dela ou a perna”, relatou Odilene Aparecida Monteiro da Silva, madrinha de Melissa.
Atualmente, Melissa se encontra sob cuidados médicos intensivos e passa por sessões contínuas de hemodiálise. Os médicos estão monitorando sua condição para assegurar que sua outra perna não seja afetada. A família enfrenta dificuldades financeiras devido à necessidade de alugar um apartamento em Joinville enquanto cuida da menina internada. Para ajudar nas despesas médicas e na estadia na cidade, criaram duas vaquinhas virtuais com chaves PIX disponíveis para doações.
O caso gerou preocupação na comunidade e levou à promessa da prefeitura de Três Barras de emitir uma nota oficial após apurações sobre o ocorrido. A médica responsável pela prescrição do medicamento negou ter atendido Melissa novamente após o primeiro atendimento.
A expectativa é que a família receba apoio durante este momento difícil e que Melissa encontre forças em sua recuperação.