Cristiano Zonta
As ações visando a reconstrução da histórica Casa de Palmitos de Barra Velha tiveram nesta segunda-feira (30) mais uma etapa importante na cidade: a transferência da Casa do Império, pequena edificação instalada às margens da Rua Ernesto Krause, para outro ponto da Praça Lauro Carneiro de Loyola, a praça da lagoa.
A retirada da edificação de madeira foi acompanhada pelo professor e historiador Juliano Bernardes, integrante da Irmandade do Divino Espírito Santo. O local dará espaço às ações da empresa responsável pela reconstrução da Casa de Pamitos, no mesmo ponto.
A Casa do Império, edificação construída na praça em 2013 e que completa agora 10 anos, será mantida pela Irmandade, mas em outro ponto da praça – próximo onde do local onde são disparados os fogos de artifício em honra ao Divino, por solicitação do grupo católico que coordena anualmente a tradição da Festa do Divino Espírito Santo.
Com a liberação do espaço na esquina da Ernesto Krause com a Avenida Armando Petrelli, a empresa inicia a reconstrução do imóvel histórico, construído nos anos 40 e que até dezembro do ano passado, estava no Costão dos Náufragos.
Um acordo entre o grupo que assumiu o terreno da Casa de Palmitos original, a Prefeitura de Barra Velha e o Conselho do Patrimônio Histórico local (Compac), garantiu o desmonte da casa, visando a preservação. Todas as peças originais passíveis de reuso foram enumeradas e preservadas para a reconstrução; o restante do madeirame será bancado pela empresa.
O projeto foi desenvolvido pela Ornato engenharia, a pedido do Compac, presidido por Filipe Oliveira, e sob supervisão técnica da arquiteta Denise de Freitas.
A montagem da Casa de Palmitos obedece a uma determinação judicial que por lei, protege a preservação do imóvel, e faz valer o processo de tombamento iniciado nos anos 2000, após mobilização de historiadores como o próprio Juliano, Angelita Borba de Souza e o advogado Fábio Brugnago, que redigiu o texto jurídico do tombamento na época.
O prefeito Douglas da Costa (PL) autorizou a montagem da casa histórica na praça da lagoa – o imóvel construído por Walter Becker na década de 40 e preservado por sua companheira Erna Bisewski durante décadas, será a partir de 2023 um espaço cultural da cidade, para ações de preservação da memória local.
“Somos gratos aos amigos Gorete, Ademar e Leonardo, da Cultura da Fumtec, à Secretaria de Obras e ao empresário Djalma Schimidt pelo apoio nesta etapa”, finalizou Juliano.
