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Chefe de escoteiros de Penha é acusado de abusos sexuais

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As famílias de cinco meninas entre 9 e 13 anos denunciaram um chefe de escoteiros por estupro de vulnerável durante acampamento em Penha. O crime teria ocorrido na noite de 27 de novembro de 2021. Ele é réu desde junho de 2024, quando foi denunciado pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

De acordo com o inquérito policial ao qual o Portal Notícias do Dia teve acesso, o homem de 50 anos é suspeito de dopar as cinco meninas. Na noite em questão, ele teria oferecido para elas o remédio antigripal Cimegripe. Elas teriam ficado desacordadas depois de ingerirem a medicação, momento em que teria ocorrido o suposto abuso.

O acusado justifica que as crianças apresentavam dores de cabeça e náuseas após atividades na praia, por isso deu o remédio. Ele afirma no inquérito que nada estranho aconteceu.

Os depoimentos dos pais das vítimas foram colhidos na Delegacia de Polícia de Penha em fevereiro de 2022 e o chefe de escoteiros foi indiciado por estupro de vulnerável contra as cinco meninas.

Em junho de 2024, o promotor de Justiça Rene José Anderle pediu o arquivamento de quatro denúncias por falta de provas, já que elas estavam desacordadas e não testemunharam o suposto crime. As vítimas entraram com recurso. No dia 27 de janeiro de 2025, após pedido de vistas, o MPSC decidiu pelo arquivamento das quatro denúncias.

No entanto, foi mantida a denúncia da única vítima que se lembra do suposto abuso sexual. Dessa forma, o chefe de escoteiros é réu desde junho do ano passado, quando foi denunciado pelo MPSC por estupro de vulnerável contra Letícia* (nome fictício), que tinha 12 anos quando acordou no meio da noite e se deparou com o acusado em cima dela.

‘Passava a mão nas partes íntimas’

Era a primeira vez que Letícia* participava de um acampamento do grupo de escoteiros de Penha. No domingo, dia 28 de novembro de 2021, ela voltou para casa se sentindo exausta.

A mãe afirma que notou um comportamento diferente do dia anterior e perguntou se a filha tinha gostado da experiência. A menina não quis conversar sobre o assunto e revelou ter perdido a vontade de participar do grupo. Dias depois, a filha confidenciou, chorando, o que havia acontecido.

Efeitos do remédio levantaram suspeita

Em relato à mãe, a vítima contou que, ao tomar remédio no acampamento, sentiu forte sonolência e intensa dificuldade de se manter acordada. Ela chegou a pensar que estava delirando. Quando despertava, o acusado dizia que era um sonho e que poderia voltar a dormir.

A jovem lembra que, enquanto dormia, o chefe de escoteiros “passava a mão em suas partes íntimas”, mostra o inquérito.

Naquela noite, devido à chuva, o local do acampamento foi alterado. Em vez de dormirem em barracas como de costume, as crianças foram levadas para uma construção inacabada, onde as cinco meninas dormiram em um banheiro com outros três meninos, mas separados por uma lona.

“Letícia* já estava com início de depressão porque os pais tinham se separado e disseram que os escoteiros seriam a melhor coisa para ela se animar. Parece que ele pega as mais frágeis, sabe?”, avalia a mãe de uma colega. O Portal ND tentou contato com a família de Letícia*, mas não obteve retorno até o momento desta publicação. O espaço segue aberto.

Júlia* (nome fictício), outra integrante do grupo, dormiu a noite inteira no mesmo banheiro. Ela, que na ocasião tinha 12 anos, estranhou quando acordou com o saco de dormir aberto, sendo que o havia fechado antes de adormecer.

O chefe de escoteiros afirmou à polícia que não enviou foto para os pais como de costume porque Júlia* estava descoberta, apenas de camiseta e calcinha.

Júlia* ainda relatou à mãe que havia notado “olhares maliciosos” do acusado para Letícia* naquele dia, quando estavam na praia. Ele  teria comentado na frente de todos que a jovem “deveria fechar as pernas porque alguém poderia olhá-la com malícia”, diz o inquérito policial.

Os outros pais começaram a suspeitar de algo errado quando as filhas, ao voltarem do acampamento, relataram vertigens e delírios como “paredes se mexendo, dragões e outras ilusões” durante a noite.

Sofia*, uma das cinco garotas que estavam na excursão, chegou a passar mal e vomitar no acampamento. Ela relatou que “o teto baixava, as sujeiras das paredes vinham em sua direção e via estrelas e pontos”. Quando acordou no dia seguinte com o saco de dormir sujo, ela sequer lembrava que tinha vomitado.

A suspeita veio à tona quando outra menina abriu a cápsula antes de tomar o remédio, acreditando que não poderia ingerir o invólucro, e notou que dentro havia dois comprimidos. Ela contou mais tarde ao pai, que foi à farmácia comprar uma cartela do mesmo remédio, o Cimegripe, e constatou que havia pó no interior, não comprimido.

“Ela abriu a cápsula porque, com 9 anos, achou que era de plástico e que não podia comer. Ela desenhou para o pai dois comprimidos dentro, só que Cimegripe tem pó dentro, o próprio pai comprou o remédio”, contou a mãe de Sofia* em entrevista ao ND Mais.

O detalhe levou os pais a pensarem que o chefe de escoteiros teria manipulado o medicamento. Além disso, as vítimas ressaltaram que somente as meninas foram medicadas e os meninos não.

O inquérito aponta que o réu entregou à polícia uma cartela de Cimegripe, contendo apenas um comprimido, que teria ministrado às crianças no acampamento.

Marlize Borovicz de Oliveira, advogada que representa a família de Sofia*, avalia que o fato da maioria das vítimas não se lembrar do abuso sexual não justifica o arquivamento das denúncias.

“Ele fez os atos preparatórios, inclusive quando deu a medicação para todas as meninas. Tinha meninos e meninas, mas ele deu só para as meninas. Aí já teve uma fase preparatória para as ações libidinosas”, argumenta.

O relatório do delegado Rodolfo Farah Valente Filho ressalta que o abuso sexual é um crime de materialidade difícil de constatar. “Em muitos casos, o sujeito ativo do crime não deixa vestígios físicos na vítima, como rompimento de hímen, edemas, vermelhidões, auferidos por perícia médica, mas sim graves danos psicológicos”, considerou o documento, que indiciou o chefe de escoteiros pelo suposto abuso sexual das cinco jovens.

No laudo psicológico, foi constatada a “prevalência de sofrimento emocional e sintomas psicológicos como medo, culpa, vergonha e ansiedade que podem indicar vivência ou exposição a situação abusiva dentro do ambiente comunitário” nas cinco vítimas. Não foram realizados exames de corpo de delito.

“E quem garante que não fez nada? Até hoje minha menina pergunta: mãe, você tem certeza que ele não fez? Eu digo que tenho, mas eu não tenho. Como vai ter a certeza de uma coisa dessas?”, lamenta a mãe de Sofia*, emocionada.

Embora a Polícia Civil tenha indiciado o suspeito pelos cinco relatos, quatro vítimas tiveram suas denúncias arquivadas em junho de 2024 pelo MPSC por falta de provas. As famílias entraram com recurso, o que foi negado na última segunda-feira (27). Apenas a acusação de Letícia* gerou denúncia aceita pela Justiça.

Novos boletins de ocorrência em 2024 sugerem que o caso de 2021 não se trata de um fato isolado. Com a repercussão dos relatos em Penha, outras duas jovens decidiram denunciar o chefe de escoteiros por assédios ocorridos em 2019 e 2020.

Em boletim registrado em outubro de 2024, uma garota relata que foi vítima de assédio sexual em junho de 2020, aos 15 anos. Na época, ela enfrentava um quadro de depressão e a família pediu o apoio do réu.

A menina frequentava o grupo de Penha desde os 12 anos e o chefe de escoteiros era uma figura de referência na comunidade. Os pais também contaram para ele que a filha havia conhecido um homem pela internet, trocado mensagens e fotos íntimas, por isso precisava de ajuda.

O suspeito apareceu para conversar quando ela estava sozinha em casa e “começou a se insinuar para ela, fazendo comentários sobre sua sexualidade e sua relação amorosa”, segundo o boletim.

O chefe de escoteiros teria comentado que “tinha a libido alta e sua mulher muito baixa”, feito perguntas invasivas, sobre a virgindade da menor, e pedido para ver suas fotos íntimas.

De acordo com a vítima, o acusado “foi firme em dizer que queria fazer sexo” com ela. A menina questionou se aquilo não era errado, e ele teria respondido que “depois dos 14 anos de idade, ela poderia decidir com quem queria transar”, aponta o boletim de ocorrência.

Após essa conversa, o acusado foi embora. Dois anos mais tarde, porém, ele teria voltado a assediar a mesma jovem. Ela tinha 17 anos quando estava acampando e foi acordada com um beijo na boca e um abraço.

A garota retribuiu, pensando que se tratava de seu namorado na época, que também estava no acampamento. Ao abrir os olhos, no entanto, se deparou com o investigado. Ela lembra que ele “simplesmente sorriu e saiu de perto”.

Outro boletim de ocorrência, também registrado em outubro de 2024, se refere a um suposto estupro de vulnerável ocorrido em junho de 2019, quando a menina tinha apenas 9 anos de idade.

A denúncia foi feita pela mãe de Clara* (nome fictício), que era chefe de escoteiros em outro ramo do grupo. A menina só entendeu o que havia acontecido anos mais tarde, após ouvir os relatos das cinco vítimas do acampamento de 2021.

Sem coragem de falar pessoalmente, ela fez uma carta. “Eu tinha 9 anos quando fui tocada por ele”, escreveu Clara* para a mãe.

Fazia seis meses que a menina participava do grupo escoteiro quando os integrantes partiram em uma viagem a Florianópolis para conhecer o projeto Tamar. O que parecia um acampamento normal se tornou uma noite traumática:

“Quando abri os olhos, vi uma figura levantando minha calça e tocando minha coxa. Estava escuro dentro da barraca, mas eu conseguia ver a figura. Era grande, obviamente masculina, era meu chefe favorito”.

Na época, Clara* acreditou que ele tinha entrado na barraca por engano e estava tentando ajudá-la a se cobrir. “Me sinto culpada pela minha pura inocência de ver o que aconteceu e voltar a dormir”, relata na carta.

“Demorou muito para entender e compreender a situação que ignorei por anos, mas agora, com todos esses relatos, finalmente entendi o que eu e muitas outras crianças passaram. Ainda me sinto culpada por nunca ter dito antes ou ter agido quando aconteceu. Assim, algumas de nós nunca teriam passado por esse momento traumático”, conclui.

A mãe dela era voluntária do grupo escoteiro, assim como o acusado. Ela destaca que o réu era amigo da família e frequentava sua casa. Logo após o suposto abuso contra a filha, do qual ainda não tinha conhecimento, a mulher foi convidada a se retirar do grupo.

“Sempre parecia uma pessoa muito bacana, eu nunca desconfiaria dele, nunca mesmo. E olha que tenho sexto sentido bastante aguçado. Sabe amigão de todos? Esse é o perfil dele”, descreve.

A mãe notou que a filha “mudou da água para o vinho” depois do ocorrido. “Pensa em uma menina extremamente extrovertida, que virou um bichinho dentro de casa. Eu dizia que ela vivia em cativeiro”, conta ao ND Mais.

Clara* passou a checar as janelas de casa antes de dormir, com medo de uma nova invasão de privacidade, e não se sente segura nem para deixar os pais entrarem no quarto. “Ela tem nojo de meninos hoje em dia, não deixa chegar perto, não tem convívio”, afirma a mãe.

A família deixou de frequentar atividades dos escoteiros quando soube do relato da garota e agora está “correndo atrás da justiça e do prejuízo emocional dela”.

Para a mãe, as denúncias atestam um padrão no comportamento do chefe de escoteiros. “Quantas meninas estão dizendo a mesma coisa, que nem se conhecem? De épocas diferentes, em acampamentos diferentes”.

A Delegacia de Polícia de Penha informou, em nota, que os novos casos estão sendo objeto de um inquérito policial e não comentou as investigações de 2o21.

O réu é um dos fundadores do grupo escoteiro, criado em Penha em 2017. Na época das denúncias, era presidente do grupo e chefe do ramo “lobinhos”, para crianças de 6 a 10 anos.

As famílias alegam que era ele quem recebia as acusações contra sua própria conduta. “Toda denúncia chega para o chefe da seção, para o presidente e para o coordenador do distrito, e todos eram ele”, destaca a mãe de Clara*.

“Quando eu mandei a denúncia para os escoteiros, imediatamente, no dia seguinte, quem respondeu a denúncia foi ele próprio”, diz a mãe de Sofia*.

O chefe de escoteiros é descrito como um homem carismático, que tem “o dom da palavra”. Figura de referência na comunidade, está acostumado a frequentar a casa das famílias.

“Se você conversar com ele, é a pessoa mais maravilhosa do mundo. Vai iluminar a conversa, ele entende de tudo, sabe de tudo, manda em tudo. Um verdadeiro chefe, que está à frente das coisas”, detalha a mãe de Sofia*.

“Essa era a impressão que a gente tinha, não é à toa que a gente chamava ele para vir aqui fazer churrasco com o meu marido”, completa.

Além de ter sido filiado à União dos Escoteiros do Brasil por mais de dez anos, ele atua como bombeiro comunitário e chegou a ser presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Penha, entre 2019 e 2021.

O acusado aparece em fotos do grupo escoteiro de Penha até o fim de junho de 2024, quando o MPSC o denunciou pelo suposto estupro de Letícia* e pediu a aplicação de medida cautelar para proibir o acesso às atividades relacionadas aos cuidados de crianças e adolescentes, em especial do Movimento Escoteiro.

“A 2ª Vara da Comarca de Penha aceitou a denúncia em junho do ano passado e acolheu o pedido de aplicação da medida cautelar, que continua vigente. Ou seja, o investigado, que já é réu, está proibido de frequentar e exercer as atividades promovidas pela associação União dos Escoteiros do Brasil”, informou o MPSC em nota.

A audiência de instrução e julgamento está marcada para o segundo semestre deste ano. Caso condenado, o chefe de escoteiros pode ser sentenciado a até 15 anos de prisão, de acordo com o MPSC. Não foram divulgadas mais informações porque o processo corre em segredo de Justiça.

Entidade nacional suspende chefe de escoteiros

Em nota, a União dos Escoteiros do Brasil e a Região Escoteira de Santa Catarina confirmaram que receberam a denúncia em agosto de 2022 e que as devidas providências foram tomadas.

“Assim que a denúncia foi recebida, instaurou-se o devido processo administrativo ético e disciplinar, e o denunciado foi imediatamente suspenso”, afirmam.

As entidades revelam, porém, que o investigado apresentou uma certidão negativa de feitos criminais em fevereiro de 2023. Ao pesquisar nos cartórios criminais de Penha e Balneário Piçarras, a União dos Escoteiros do Brasil verificou que o processo anterior havia sido arquivado.

Diante disso, o processo administrativo da associação também foi arquivado e o chefe de escoteiros pôde voltar a participar das atividades. Com a reabertura do processo judicial em julho de 2024, a entidade declarou que o réu pediu o afastamento “por livre e espontânea vontade”.

“Com a informação da reabertura do processo judicial e o afastamento espontâneo do denunciado, a Diretoria Regional decidiu aguardar a conclusão do processo criminal, para iniciar um novo PAD [Processo Administrativo Disciplinar]”, diz a nota.

“A União dos Escoteiros do Brasil reforça seu compromisso com a segurança e proteção dos jovens e a transparência de suas ações. Estamos acompanhando o desenrolar dos fatos e adotaremos todas as medidas cabíveis com base nas decisões das autoridades competentes”, conclui.

A associação informou ainda que recebeu somente a denúncia do caso de 2021 e não tem conhecimento dos fatos relatados pelas duas vítimas de 2019 e 2020.

O grupo de Penha, do qual o réu foi fundador e chefe de escoteiros, também se manifestou em nota, destacando que ele não é mais membro do Movimento Escoteiro e não participa das atividades desde junho de 2024.

“Quando a atual gestão tomou conhecimento das acusações em outubro de 2024, ele já não fazia parte do grupo, e não recebemos nenhuma denúncia das famílias durante nosso mandato”, declara.

“Reafirmamos nosso repúdio a qualquer atitude que comprometa os princípios éticos ou a integridade de qualquer pessoa, seja membro ou não do Escotismo. A proteção de crianças, jovens e adultos é um compromisso inabalável da nossa instituição, que há mais de um século promove valores como respeito, ética e integridade”, reforça a nota.

Acusado violou protocolos do Movimento Escoteiro

A defesa das denunciantes aponta que o investigado teria violado uma série de protocolos do Movimento Escoteiro. Em atividades mistas, é obrigatória a presença de uma equipe de escotistas composta por homens e mulheres.

Os homens não podem entrar na barraca das meninas e a supervisão cabe às chefes mulheres, que mesmo assim precisam da autorização das jovens para entrar.

Outra violação seria a administração de medicamentos sem a autorização dos pais. A ficha médica, assinada pelos responsáveis antes dos acampamentos, permite que apenas profissionais de saúde mediquem a criança.

O remédio Cimegripe, que o chefe de escoteiros ofereceu às meninas em 2021, não é indicado para menores de 18 anos. As mães afirmam que ele deveria notificar a família em caso de emergências médicas, como na ocasião em que Sofia* passou a noite vomitando no acampamento.

O que diz a defesa do chefe de escoteiros?

Em interrogatório no dia 24 de janeiro de 2022, na Delegacia de Polícia de Penha, o investigado negou as acusações. Ele disse que ministrou o medicamento Cimegripe porque as crianças apresentavam sintomas de insolação após passarem o dia na praia.

O chefe de escoteiros afirma que, durante a noite, foi duas vezes até a porta do banheiro onde as meninas dormiam para verificar se a jovem que havia vomitado se encontrava bem.

No dia seguinte, ele relata que as escoteiras perguntaram se o remédio era para dormir, porque dormiram muito bem e ficaram um pouco tontas. Ele disse à polícia que não sabe o que motivou a denúncia, “pois nada de anormal ocorreu no acampamento”.

Ao longo de dez dias, o ND Mais entrou em contato com a defesa do acusado, que não enviou um posicionamento oficial até o momento desta publicação.

Foto: Ilustrativa /Reportagem de Beatriz Rohde, com Edição Juliana Germann, do Portal Notícias do Dia – ND+

Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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