O corpo do ciclista Bruno Rogério Corrêa, de 29 anos, desaparecido desde a última quinta-feira (07) na região do Pico Jurapê, em Joinville, foi localizado no início da tarde desta quarta-feira (13). O cadáver foi localizado pela equipe do Águia da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), que realizava sobrevoos na área próxima ao pico.
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Antes disso, pela manhã, as equipes localizaram indícios importantes relacionados ao desaparecimento. Uma barraca e uma mochila pertencentes a Bruno, foram encontradas na região.
O desaparecimento de Bruno durou seis dias e, após diversas tentativas de resgate, as equipes de busca intensificaram os esforços com a utilização de drones equipados com câmeras térmicas e cães farejadores. A Polícia Militar de Santa Catarina, o Grupamento de Resgate de Montanha (GRM) de Joinville, e o Corpo de Bombeiros Militar atuaram na operação.
A Jornada de Bruno até o Pico Jurapê
Bruno, morador de Itajaí, iniciou sua jornada na última quinta-feira, pedalando em direção a Joinville, com o objetivo de alcançar o cume do Pico Jurapê, a cerca de 1200 metros de altitude. No entanto, ao chegar na cidade, um imprevisto alterou seus planos: o pneu da bicicleta furou. Sem conseguir consertá-lo, Bruno deixou a bicicleta para trás e seguiu a pé em direção ao pico.
Durante o trajeto, o ciclista conseguiu fazer contato com um familiar, informando que havia chegado ao cume, mas estava perdido e não conseguia encontrar o caminho de volta. No dia em que desapareceu, Bruno falou com o pai, relatando que foi surpreendido por condições adversas, como chuva intensa e neblina, que o desorientaram. Durante a conversa, ele mencionou ter caído em um buraco, de onde não conseguia sair, enviando mensagens de áudio para descrever a situação.
Em seguida, ele também entrou em contato com os Bombeiros Voluntários de Joinville e com o GRM, pedindo ajuda. Na conversa com um integrante do GRM, Bruno relatou que sua bateria estava baixa, que havia caído e se machucado, e que estava sem conseguir localizar a trilha para retornar.
O resgatista orientou Bruno a permanecer no local, desligar o celular para economizar bateria, e que a equipe estava a caminho. O ciclista enviou sua localização via WhatsApp, mas, ao tentar refazer a ligação momentos depois, seu celular já estava sem bateria.
As equipes de resgate se deslocaram até a área indicada por Bruno, mas ao chegarem, não o encontraram. Desde então, diversas operações especializadas foram realizadas, incluindo o uso de drones e cães farejadores, sem sucesso nas buscas.
Desafios nas buscas
A região do Pico Jurapê é desafiadora para operações de resgate. As trilhas são estreitas e íngremes, com alguns trechos exigindo escalada. Além disso, a altitude de 1200 metros e a vegetação fechada dificultam ainda mais o trabalho das equipes. Na segunda-feira (11), o Batalhão de Operações Aéreas da PM de Santa Catarina deu apoio, transportando bombeiros e cães farejadores até o cume da montanha. No entanto, a missão não foi fácil: a área é repleta de pirambeiras com quedas de até 600 metros, e o tempo de deslocamento foi consideravelmente prolongado devido à difícil topografia.
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