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Esquema que vendia até onças no mercado paralelo provoca operação e respinga em SC; FOTOS

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Uma megaoperação contra um dos maiores grupos de tráfico de animais do país cumpriu mandados de busca e apreensão em Santa Catarina na manhã desta terça-feira (17). Araras, tartarugas, tucanos e passarinhos foram algumas das espécies resgatadas de um cativeiro ilegal em Ascurra.

A Delegacia de Polícia Civil do município e o Departamento de Proteção Animal de Blumenau auxiliaram nas ações feitas no bairro Tamanduá, em Ascurra. Foram 14 animais silvestres nativos e quatro animais silvestres exóticos resgatados de um cativeiro ilegal, que ficaram sob responsabilidade do Ibama e serão encaminhados ao Zoológico de Balneário Camboriú.

O suspeito, que não teve a identidade divulgada, responderá por crime ambiental.

Tucano, arara e até onça

A Polícia Civil cumpriu, no total, 38 mandados de busca e apreensão em 12 cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Os alvos foram endereços conectados aos suspeitos de tráfico de animais, como residências, cativeiros e até clínicas veterinárias. Até o momento, cerca de oito pessoas foram presas, sendo uma delas um médico veterinário, segundo as informações do g1.

Onças, tucanos, araras, pássaros, macacos, aranhas e serpentes são algumas das espécies que eram traficadas pelo grupo, conforme a Polícia Civil. A megaoperação é resultado de uma investigação de dois anos que revelou um esquema complexo com mais de 20 mil integrantes de uma série de grupos clandestinos em aplicativos de mensagens e redes sociais.

A Polícia Civil conta que agentes infiltrados digitalmente nesses grupos fechados conseguiram descobrir como operava um dos maiores esquemas de tráfico de animais do Brasil. Os policiais explicam que o comércio clandestino mudou e, agora, acontece de forma online por essas comunidades fechadas nos quais os animais são oferecidos.

Os suspeitos são investigados por tráfico de animais, maus-tratos, falsificação de documentos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas podem chegar a 25 anos de prisão.

Por ser na internet, os suspeitos têm facilidade em esconder as identidades, reduzir a perda de animais em cativeiros e até ampliar o alcance das vendas. Além disso, os criminosos criavam redes de parceria entre traficantes especializados em apenas uma determinada espécie, segundo os agentes. Os animais vendidos eram entregues aos compradores de diferentes formas, sendo através de caminhões, ônibus ou até aplicativos de transporte.

A operação conta com o apoio da Polícia Militar do Paraná, das polícias civis dos estados envolvidos, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Água e Terra (IAT) e de organizações ambientalistas.

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Foto: Polícia Civil, Divulgação Fonte: NSC

Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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