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Estudantes de medicina zombam de paciente que passou três vezes por um transplante

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O caso envolvendo duas estudantes de medicina que debocharam de uma paciente transplantada gerou grande repercussão nas redes sociais e motivou a abertura de um inquérito policial pela Polícia Civil de São Paulo.

Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeira Soares Foffano, alunas de medicina, foram denunciadas após publicarem um vídeo nas redes sociais em que zombam de Vitória Chaves da Silva, de 26 anos. A jovem havia passado por três transplantes de coração e um de rim, e faleceu em fevereiro de 2025, poucos dias após a divulgação do conteúdo.

Polícia Civil de São Paulo investiga caso de injúria

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o episódio é investigado como crime de injúria. Um inquérito foi instaurado no 14º Distrito Policial de Pinheiros para apurar a conduta das estudantes de medicina.

O Ministério Público de São Paulo informou, por meio de nota enviada à CNN, que recebeu uma notícia de fato na terça-feira (8), relatando a situação. O documento está sendo analisado pela Promotoria, que pode tomar medidas legais conforme o avanço da apuração.

As estudantes podem ser processadas?

Para esclarecer os possíveis desdobramentos legais do episódio, a reportagem contou com a contribuição técnica das advogadas Dra. Jessica Santos e Dra. Larissa Klitzke, que explicam quais as possíveis consequências cometidas pelas envolvidas.

“É importante destacar, antes de tudo, que qualquer análise jurídica mais aprofundada sobre esse caso depende do acesso completo aos autos e aos detalhes específicos da situação. Dito isso, o caso das duas estudantes de medicina do Hospital das Clínicas da USP levanta questões muito sérias do ponto de vista jurídico. Isso porque, além do Código de Ética Médica que rege a atuação dos profissionais formados, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou um Código de Ética do Estudante de Medicina [2018], voltado exclusivamente para orientar a conduta de quem ainda está em formação. O Código de Ética do Estudante de Medicina não tem caráter punitivo no sentido jurídico, como o Código de Ética Médica (que é fiscalizado pelos Conselhos Regionais de Medicina). No entanto, ele serve de base para as instituições de ensino adotarem medidas disciplinares, conforme seus regimentos internos. As medidas podem ser advertências, suspensões, reprovações, afastamento e, expulsão, nos casos mais graves. No caso midiático, quando elas expõem, de forma tão detalhada, o histórico de uma paciente – mesmo sem citar nomes – acabam violando o sigilo médico e o direito à intimidade da paciente e de sua família, estando sujeitas também a sanções cíveis e penais, além daquelas aplicadas pela instituição de ensino”.

Repercussão nas redes sociais

O vídeo gerou forte comoção e revolta entre internautas, ativando debates sobre ética profissional na área da saúde e o respeito aos pacientes. Termos como “estudantes de medicina”, “transplante de coração” e “vídeo ofensivo” estão entre os mais buscados na internet desde a divulgação do caso.

Foto: Reprodução Via: OCP

Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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