
O ex-secretário Municipal de Finanças de Rio Negrinho, Dimas Kocan, foi condenado a mais de 24 anos de prisão, em regime inicial fechado, após ser considerado culpado por uma série de crimes envolvendo o desvio de recursos públicos. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os delitos ocorreram entre 2022 e 2023, período em que o ex-servidor utilizava o cargo para realizar transferências ilegais de dinheiro da prefeitura.
Dimas foi preso em outubro de 2023, no âmbito da Operação Intraneus, quando ainda era investigado pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o ex-secretário teria desviado mais de R$ 3,3 milhões dos cofres do município, fazendo transferências para contas pessoais e para uma empresa criada com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos valores.
Condenação sem possibilidade de recurso
Após dois anos de tramitação, Dimas foi condenado em todas as instâncias necessárias, o que impede novos recursos. As penas aplicadas pelo Judiciário ultrapassam 24 anos de reclusão. Ele permanece preso desde a deflagração da operação e também perdeu, por determinação judicial, o cargo público que ocupava.
As ações penais ajuizadas pelo MPSC apontam a prática de 30 crimes de peculato, além de 25 crimes de falsidade ideológica e delitos de lavagem de dinheiro. As irregularidades envolviam manipulação de documentos oficiais, criação de empresas fictícias e utilização de contas bancárias para mascarar o desvio do dinheiro público.
Prefeitura não se manifestou
A defesa informou que a família de Dimas optou por não comentar a condenação. Já a Prefeitura de Rio Negrinho foi procurada pela reportagem, mas não retornou até o fechamento desta matéria.
O caso segue repercutindo no município, especialmente pela soma milionária desviada e pelo impacto direto nos cofres públicos, configurando um dos maiores escândalos de corrupção já registrados na cidade.




















