Cristiano Zonta
A tradicional Festa da Tainha, de Balneário Barra do Sul, foi suspensa por falta de alvará na noite de quinta-feira (6). De acordo com a Polícia Civil, um agente público também foi preso por uma suposta tentativa de suborno para retomada do evento. A decisão é temporária e pode ser revertida caso a prefeitura apresente a documentação necessária.
A situação aconteceu na noite de abertura da festividade, em que a programação previa shows e escolha da realeza. Segundo o governo municipal, nesta sexta-feira (7) terá uma nova vistoria e a liberação para o evento pode acontecer a qualquer momento.
Com a festa marcada para começar às 19h, segundo a Polícia Civil, o município apresentou o laudo técnico de emissão de ruídos apenas uma hora antes do início das comemorações, com dois dias de atraso. Além de não terem cumprido o prazo, a polícia ainda diz que a documentação estava incompleta, obrigando a interdição.
Esta não é a primeira vez que isso acontece, conforme relato dos agentes. No Carnaval do ano passado aconteceu o mesmo problema de atraso, assim como na Festa da Tainha. Inclusive, a Polícia Civil diz que a prefeitura de Barra do Sul chegou a sofrer uma ação civil pública e recebeu uma recomendação do Ministério Público para observar as exigências legais e apresentar os alvarás dentro do prazo determinado.
Ainda conforme a polícia, o secretário municipal foi preso em flagrante após tentar oferecer dinheiro aos agentes a fim de agilizar a liberação do alvará. A ocorrência foi registrada como crime de corrupção ativa. A prefeitura diz, no entanto, que houve um “mal entendido” neste caso, mas não justificou a versão.
