
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), coordenado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), deflagrou na manhã desta quarta-feira (26/11) a Operação “Carga Oca”, que investiga fraudes no fornecimento de material tipo macadame à então Secretaria Municipal de Conservação e Manutenção Urbana (SEURB) de Blumenau entre os anos de 2022 e 2024.
A ação foi desencadeada em apoio à 14ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau e resultou no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão, autorizados pela Vara Estadual de Organizações Criminosas. Durante as diligências, foram apreendidos US$ 50 mil e R$ 80 mil em espécie.
Alvos em quatro municípios
As ordens judiciais foram cumpridas:
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Nas residências dos investigados,
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Nas instalações da antiga SEURB de Blumenau,
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E em sedes de empresas ligadas ao caso nos municípios de Blumenau, Gaspar, Brusque e Pomerode.
A operação segue as diretrizes do procedimento investigatório criminal que já vinha reunindo elementos sobre possíveis irregularidades na aquisição e entrega de macadame — material empregado principalmente na construção de pavimentação rodoviária.
Esquema incluía entregas simuladas e pagamentos indevidos
De acordo com o MPSC, auditorias externas e informações colhidas ao longo da investigação apontam para a existência de uma associação ilícita entre servidores públicos e empresários, organizada para fraudar o fornecimento do material contratado pela prefeitura.
A apuração identificou:
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Simulação de entregas,
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Manipulação de documentos,
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Pagamentos irregulares,
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Ocultação de patrimônio por meio de terceiros,
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Movimentações financeiras suspeitas.
Entre os investigados estão um ex-gestor municipal, servidores públicos, funcionários das empresas envolvidas e empresários da região.
Prejuízo superior a R$ 3 milhões
O MPSC estima que o esquema tenha causado um prejuízo superior a R$ 3 milhões aos cofres públicos. O montante se refere a pagamentos realizados por materiais que não teriam sido efetivamente entregues ou cuja quantidade teria sido superfaturada.
A Operação “Carga Oca” segue em andamento, e o Ministério Público continuará analisando os materiais apreendidos para aprofundar as responsabilidades civis, administrativas e criminais dos envolvidos.





Fotos e fonte: MPSC



















