
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou, em entrevista à NSC, que vai proporcionar uma espécie de “bico legal” para o policial militar catarinense atuar na segurança das escolas em horário de folga. O político também disse que policiais civis e bombeiros também serão chamados.
Policiais da reserva remunerada começaram a fazer segurança nas escolas estaduais de Santa Catarina em 5 de junho, dois meses após o ataque a uma creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, que deixou quatro crianças mortas. A iniciativa faz parte do programa Escola Mais Segura, que estabelece regras e torna legal a presença de policiais nesses locais.
Por enquanto, os policiais militares aposentados estão sendo chamados. De acordo com o governador, 40% das vagas estão preenchidas.
“Os aposentados vão custar R$ 70 milhões por ano. Pagar R$ 4 mil a mais. Mas tem outros que já estão numa outra fase da vida, não querem mais. Nós não podemos obrigar”, declarou Mello.
“Agora estamos fazendo com a Polícia Civil, chamando. Vamos fazer com os bombeiros. Para o bombeiro, tem que dar um treinamento, que eles não usam arma, tem que treinar. Para a gente ver se até o final do ano a gente, antes disso, consegue chegar a 70%, 80%”, completou.
Em relação aos “bicos oficiais”, o governador disse que “depois, nós vamos proporcionar também que o policial, na sua hora de folga, ele possa ir para a escola. Isso é um bico legal, é um bico nobre. Que ele possa ir lá prestar o seu serviço com tranquilidade, preenchendo a sua carga horária”.
O programa
A medida relativa ao programa Escola Mais Segura foi publicada no Diário Oficial do Estado em 24 de abril. A iniciativa é uma resposta do governo ao ataque a creche em Blumenau, que aconteceu em 5 de abril.
De acordo com a PM, a integração dos policiais da reserva remunerada ao efetivo é feita de forma gradativa, conforme a finalização do processo de contratação e treinamento.
