Cristiano Zonta
CooperBarra, de Barra Velha, teve o CAF restabelecido após análise que não encontrou irregularidades no registro
A Superintendência Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) revogou a suspensão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) da CooperBarra — Cooperativa dos Agricultores Rurais de Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina. A medida foi publicada após análise documental e da denúncia registrada no portal Fala.BR, que não identificou elementos que comprovassem irregularidades no registro da entidade.
A suspensão, determinada no dia 23 de junho, ocorreu no contexto de uma investigação da 3ª Decor (Delegacia de Combate à Corrupção), da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), deflagrada no início do mês passado. A operação apura supostas fraudes em licitações de fornecimento de alimentos para municípios catarinenses.
De acordo com o advogado da cooperativa, Rodolfo Macedo do Prado, a suspensão do CAF gerou prejuízos significativos. “Foram suspensos os pedidos, então por mais que houvesse contrato, não havia como entregar e não havia como receber”, explicou. Além disso, segundo ele, a medida impactou negativamente a imagem da CooperBarra, que conta atualmente com 130 cooperados.
O CAF é um requisito essencial para que agricultores e cooperativas acessem políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar. Sem ele, entidades ficam impedidas de participar de editais, chamadas públicas e outros programas do governo federal.
A defesa da CooperBarra sustenta que a suspensão não teve ligação com a operação policial e foi motivada por uma denúncia anônima de um representante de outra cooperativa, supostamente insatisfeita com derrotas em processos seletivos anteriores.
Sobre a investigação ainda em curso, o advogado Rodolfo Macedo reforçou que a cooperativa está colaborando com os órgãos competentes e organizando a documentação necessária para esclarecer todos os fatos. “A gente tem convicção de que essa situação não vai evoluir negativamente para as pessoas da cooperativa, porque não houve irregularidades”, declarou ao portal ND Mais.
