
O caso do homem que disparou uma arma de fogo acidentalmente contra a própria barriga, na tarde de domingo, no centro de Itajaí, ganhou um novo capítulo. Isso porque o atirador, logo após receber alta do hospital Marieta, foi levado à delegacia para responder pelas drogas encontradas em casa e por uma suposta violência doméstica.
O homem, de 37 anos, foi encontrado caído no quarto pela PM e os bombeiros, com ferimento de um tiro na barriga. A companheira, de 23 anos, estava ao lado dele.
Aos PMs, ele contou que manuseava a pistola Glock, calibre 40, quando fez o disparo acidental. Ele alegou que não estava bêbado e que tem várias armas, todas legalizadas. No apartamento, a PM encontrou buchas de maconha e cocaína, quatro comprimidos de ecstasy e cinco gramas de MD.
Os policiais também localizaram várias armas e munições. Entre o arsenal estavam um fuzil calibre 5,56 mm, uma pistola calibre 380, uma pistola 9 mm, uma pistola calibre 40, uma espingarda calibre 12 e uma CTT .40 (carabina semiautomática), além de 78 munições, carregadores e três coldres.
Denúncia de violência
A PM chegou a informar que a namorada do atirador havia relatado um caso de violência doméstica, com agressões, ameaças, cárcere privado e dificuldade de encerrar o relacionamento. O homem seria enquadrado pela Lei Maria da Penha, mas a companheira negou a violência na delegacia. “Ela negou os fatos. Disse que não houve nada. Apenas que estava em casa, quando ouviu um disparo acidental dado pelo namorado no momento em que fazia manutenção arma”, explicou o delegado Luís Felipe.
A mulher afirmou ao delegado que “o acesso ao celular dela, onde continham indícios de um contexto de Maria da Penha, foi ilegal pelos PMs. Também negou a oferta de medida protetiva”. Sem a confirmação da violência, o homem assinou um termo circunstanciado pela posse de drogas e foi liberado. As armas, mesmo legalizadas, ficarão apreendidas pra investigação.
Fonte: Diarinho