
Com facas e pedras, grupo que veio do bar tentou invadir um culto de umbanda e dois agressores acabaram sendo feridos; Testemunha explica que a briga foi motivada por intolerância religiosa e antigas desavenças devido ao excesso de barulho
Um caso de intolerância religiosa na noite deste domingo (3) no Bairro Itajuba, em Barra Velha, quase acabou em tragédia. Dois homens (nomes não divulgados pela Polícia Militar) acabaram feridos na confusão ocorrida no Terreiro de Umbanda “Caboclo Boiadeiro”.
As vítimas disseram ter sido esfaqueadas durante uma briga de bar, mas informações obtidas pela reportagem do Oisc revelam uma nova versão do episódio.
Segundo uma das fontes ouvidas na tarde desta terça-feira (5), os dois estavam em um bar e saíram dali em direção a casa onde funciona o Terreiro de Umbanda e acontece as giras (termo usado para as cultos espirituais).
“Os dois indivíduos que faziam as ameaças estavam visivelmente embriagados e passaram a fazer ameaças de destruir o terreiro. Vamos invadir, quebrar toda essa casa do diabo, vamos botar tudo para baixo, porém, o segurança impediu a entrada dos agressores, que repetiam aos gritos que chamariama polícia para acabar com a reunião, mas as autoridades policiais não apareceram naquele momento”, explicou a nota de esclarecimento emitida pelo Terreiro.
Logo que a reunião terminou, a dona do bar passou a ligar para o casal e os dois filhos que moram na casa, fazendo ameaças de morte.
“Entramos em desespero quando vimos cerca de 5 pessoas invadindo o local. As crianças choravam, gritavam de medo, assustadas com os agressores que tinham facas e pedras nas mãos. Na tentativa de defender a família, revidamos e dois deles acabaram feridos. A briga aconteceu no portão de entrada da casa e agimos em legítima defesa”, frisou.
Após a briga, os dois homens voltaram para o bar e com a chegada da Polícia Militar fizeram o comunicado que haviam sido feridos sem revelar detalhes do que realmente tinha acontecido.
Além do Boletim de Ocorrência, a família afirma que tem gravações e testemunhas que comprovam a versão do ataque motivado por intolerância religiosa e acrescentam ainda que a dona do bar e já foi alvo de reclamações devido ao excesso de barulho (som alto e gritaria) e perturbações do sossego.
