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Jovem desaparecido tinha medo do mar, revela a família. “Pedimos para ele não ir sozinho”

menino

O jovem Genison Antônio dos Santos, que no dia 27 de maio deste ano completou 14 anos, continua desaparecido. Ele foi arrastado por uma corrente de retorno na praia do Tabuleiro, zona central da cidade de Barra Velha, litoral Norte de Santa Catarina. A tragédia aconteceu na quinta-feira, 17, poucos antes das 15 horas e as buscas foram retomadas na manhã dessa sexta-feira, 18.

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Em entrevista familiares de Genison, natural do estado do Sergipe, contaram detalhes dos últimos momentos em que a família o viu com vida.

“Ele sempre foi um garoto muito obediente, e, por incrível que pareça, tinha medo do mar. Quando íamos para Navegantes e tínhamos de atravessar a balsa, ele sentia muito medo”, revelou o padrasto de Genison, Daniel Salustino da Silva, que o cria como filho desde os dois anos de idade, quando casou com a mãe dele, dona Ilma Costa, também nordestina.

Foto: Arquivo de Família 

Daniel contou à reportagem que Genison sempre quando precisava sair para ir a qualquer lugar, deixava um bilhete. “Ele informava onde estava indo, com quem iria, contato telefônico e que horas iria voltar, mas ontem [quinta, 17], antes de nos despedirmos, a mãe pediu para ele não ir à praia, ainda mais sozinho, ela chegou insistir, não sei o que aconteceu”.

Salustino lembra que ele e a esposa, que sofre com problemas de pressão alta, precisaram ir ao posto de saúde marcar consulta, quando receberam a ligação informando sobre a tragédia. “Desde então ela está sobre efeito de medicação, precisou ficar um tempo internada e hoje está em casa. É um desespero para todos nós”.

O padrasto contou ainda que hoje pela manhã, ele e um genro saíram cedo para fazer buscas nas margens da praia. “Andamos por tudo e é difícil descrever a sensação de ir beira mar procurando o corpo de um ente querido, realmente não sei explicar, é uma tristeza sem fim”. Genison é o filho caçula de 4 irmãos, e um deles mora na França.

O afogamento ocorreu exatamente ao lado do Posto Guarda-Vidas 02. A unidade de responsabilidade do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina (CBMSC), está desativada desde o dia 14, última terça-feira. “Infelizmente sabemos que é uma região de mar bastante perigosa, com mar agitado e com muitos buracos na areia que ficam escondidos pelas águas”, lamentou Daniel.

BUSCAS

Minutos após o alerta de desaparecimento, as buscas foram iniciadas na região, contando inclusive com o apoio aéreo do Helicóptero Águia da Polícia Militar, mergulhadores e apoio das equipes com moto aquática, seguindo até os ‘últimos raios de sol’.

Na manhã dessa sexta-feira, 18, logo com o nascer do dia, as buscas foram reiniciadas, dessa vez com o apoio de embarcações que estão percorrendo uma grande faixa de mar, nas esperança de que o corpo já tenha submergido (o que normalmente ocorre entre 3 e 4 dias após o afogamento), ou que tenha sido arrastado para um local distante de onde ocorreu o arrastamento.

POSTO DESATIVADO

O comandante interino da Companhia dos Bombeiros em Barra Velha, Major Filipe Daminelli, falou sobre a decisão de fechamento do Posto, no último dia 14.

“Ao longo do ano, a ativação dos postos de guarda-vidas em todo o litoral catarinense é feita balizada nos critérios de demanda das praias, buscando uma melhor otimização do uso de recursos”, explicou.

Ainda segundo o comandante, as estruturas são abertas quando há demanda e de acordo com os períodos a exemplo da: intertemporada, baixa temporada e alta temporada. “Em Barra Velha, para o mês de outubro, a previsão de ativação do posto 2 ocorre apenas nos finais de semana e feriados”.

O major pontuou que o único posto que permanece ativo na região de segunda a sexta-feira, em outubro, é o Posto Central, onde a demandada é maior e a ativação ocorre de forma gradativa.

“O que aconteceu hoje foi uma grande fatalidade, até porque nós temos 11 postos em Barra Velha e a ativação desses postos, só ocorre por completo geralmente a partir do dia 02 de dezembro quando começa o período de alta temporada e a demanda cresce exigindo esse trabalho preventivo de forma ativa nas faixas de areia”.

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Foto e fonte: Portal DaniMeller 

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Cristiano Zonta

Jornalista, Mestre de Cerimônias e Celebrante Social de Casamentos.



Folha Parati

O Jornal Folha Parati, a “voz metropolitana da região”. Foi com esse intuito que nasceu a proposta do jornal que teve sua primeira edição impressa circulando em Barra Velha, São João do Itaperiú e Araquari, gratuitamente, no dia 07 de dezembro de 2009, dia comemorativo ao aniversário de Barra Velha.


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