Cristiano Zonta
Balneário Piçarras amanheceu de luto no dia de hoje com a morte de um morador de rua ilustre. Populares que caminhavam pela orla Norte da praia Central encontraram o corpo de Mauri Tavares, de 49 anos, o popular Biri.
A Polícia Cientifica de Santa Catarina foi acionada para remover o corpo. Devido ao estado de putrefação do cadáver, os peritos suspeitam que Biri tenha morrido há cerca de dois dias. O corpo, que foi encontrado dentro da restinga e não apresentava sinais de violência. A causa da morte não foi divulgada, mas tudo indica que teria sido de causas naturais. Somente após a perícia do IGP (Instituto Geral de Perícias) poderá confirmado o motivo do falecimento.
“Vai trabalhar vagabundo”
Biri era “figura carimbada” nas praias de Penha e Balneário Piçarras. Quando mais jovem, na década de 90, lá estava ele como bodyboarder assíduo na Praia do Quilombo, na barrinha da Praia Alegre, Itajuba e ou em outras praias que o mar estivesse propício para a prática do esporte. Ele mandava bem nas ondas e fazia manobras de bom nível técnico.
Após sofrer problemas de saúde e mentais, o então jovem de família humilde de Balneário Piçarras, passou a caminhar com passos apressados entre o Centros de Penha e Balneário Piçarras. Quando alguém fosse interagir com ele, logo Biri exclamava seu jargão “vai trabalhar vagabundo”, talvez uma forma de dizer a todos, “deixem eu viver no meu mundo”.
Nos últimos anos Biri vivia em situação de rua. Ele dormia dentro das restingas da orla Norte da Praia de Balneário Piçarras e pouco fazia suas “correrias” nas praias da região.
O local do velório e sepultamento ainda não foi informado pelos familiares.
