
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), criticou nesta segunda-feira (11) o encaminhamento de processos que pedem o afastamento de deputados federais catarinenses por quebra de decoro parlamentar. Em publicação nas redes sociais, o chefe do Executivo estadual classificou a medida como algo “comum em regimes autoritários” e disse estar “muito preocupado” com a decisão.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou à Corregedoria Parlamentar pedidos contra 14 parlamentares, entre eles três representantes de Santa Catarina: Júlia Zanatta (PL), Zé Trovão (PL) e Caroline de Toni (PL).
“Isso inclui três parlamentares catarinenses, que incomodam o sistema, lutam pelo nosso estado e foram eleitos por nós. Os argumentos [para suspensão] são muito frágeis”, afirmou Mello. Segundo ele, a medida reduziria a representação do estado no Congresso. “Não é tirando deputados que discordam de tudo que está acontecendo que vamos ter uma democracia mais forte”, acrescentou.
Polêmica com bebê no plenário
O governador também comentou a denúncia feita contra a deputada Júlia Zanatta, que levou sua filha de quatro meses para a ocupação promovida pela oposição no plenário da Câmara. O deputado Reimont (PT-RJ) acionou o Conselho Tutelar, alegando possível exposição indevida da criança.
Para Jorginho, a situação foi tratada de forma desigual. “Onde estava o perigo de estar com uma filha num plenário de um país democrático? Se é alguém de esquerda com um filho no colo, é empoderamento. Se é de direita, chama o conselho tutelar. Que brincadeira é essa?”, questionou.

