Cristiano Zonta
Com apenas 10 anos, o Blumenauense Antônio Nunes viu dois de seus irmãos mais novos serem entregues para adoção, sem ter informação dos nomes completos ou seu paradeiro – e sem que soubesse, um dos irmãos voltou à sua vida de forma inesperada.
Criado pela avó em Blumenau (SC), Antônio buscou informações sobre os irmãos desaparecidos, e reencontrou um deles em 2016, quando Jefferson Greueli, um deles, descobriu a adoção após a morte do pai adotivo.
Sem que o sistema de adoção desse resposta, a única pista veio de uma cabeleireira, que intermediou o processo na década de 1980. Ela se lembrava apenas do nome do pai adotivo: João.
O que Antônio não imaginava é que o irmão desaparecido estava ao seu lado por uma década – e trabalhava para ele há dez anos.
Maicon Luciani, funcionário de sua empresa e amigo de longa data, comentou em uma viagem de negócios que era adotado e que seu sobrenome de origem era Nunes – e que sua adoção havia sido intermediada por uma cabeleireira da rodoviária, encerrando uma dúvida de uma vida inteira.
“A vida é uma caixinha de surpresas”, afirma Antônio sobre a resolução de sua saga.
