
Subiu para 300 o número de indígenas acolhidos nesta terça-feira (18) em um ginásio de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, após o conflito que deixou um homem morto e 13 feridos na Aldeia Kondá, no interior da cidade. A briga generalizada por disputa de poder foi registrada no domingo (16), quando casas e carros foram incendiados.
Após o conflito, dezenas crianças, adultos e idosos fugiram da aldeia com crianças e foram acolhidos no ginásio da prefeitura. No espaço, eles receberam colchões, roupas e cobertores, além de alimentação.
Por conta do impasse no local, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o deslocamento da Força Nacional de Segurança na aldeia. A recomendação é para que policiais instalem uma base e evitem retaliações e o aumento do conflito.
Segundo o coordenador regional do órgão, Adroaldo Antônio Fidelid, o conflito envolve opositores do atual cacique e já dura mais de 30 dias. Segundo o MPF, o conflito se acirrou após o órgão receber representações de indígenas contestando as lideranças da aldeia.
Ocorrência
A Polícia Militar foi chamada por volta das 8h de domingo em uma primeira ocorrência. No local, ocorria uma festa e indígenas de um grupo opositor ao atual cacique teriam ido até o espaço e uma briga generalizada teria começado. Mais tarde, houve um novo confronto e novamente as autoridades foram chamadas.
A Polícia Federal foi chamada no local e afirmou que foram “adotadas providências de polícia judiciária, mediante instauração de inquérito policial para apuração dos fatos”.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC), durante a briga generalizada foram várias formas de agressão, entre socos, pontapés, pedradas e arma de fogo. Além do homem morto, dois feridos levados ao hospital, 11 pessoas foram atendidas na aldeia com ferimentos na cabeça, rosto e pernas.
Fonte G1 SC