O uso crescente de smartphones tem gerado preocupações sobre a saúde mental e o desempenho escolar de crianças e jovens.
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Segundo conta psicólogo Jonathan Haidt em seu best-seller “A Geração Ansiosa”, desde 2010, quando os smartphones se tornaram populares, houve um aumento alarmante na depressão grave entre adolescentes nos Estados Unidos.
E os números não deixam mentir: as taxas apontam 145% entre meninas e 161% entre meninos acometidos com a doença.
Para piorar o quadro, a ansiedade entre estudantes universitários aumentou 134%, e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) cresceu 72%.
As pesquisas apontadas por Haidt ainda apontam aumento no número de crianças e jovens que dormem menos de sete horas por dia, que não se sentem satisfeitos consigo mesmos e que se sentem solitários com frequência.
Haidt também menciona estudos do Pisa, uma avaliação internacional organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Eles mostram as consequências diretas nas escolas, de um modo global, e uma delas é o aumento da sensação de solidão no ambiente escolar.
Após resultados estáveis entre 2000 e 2012, o relato de solidão aumentou dentre todos os países analisados, com exceção da Ásia.
A pesquisa, realizada com alunos de 15 anos de 81 países, mostraram queda nas notas dos estudantes a partir de 2010 (quando houve o boom dos smartphones), inclusive nos países mais ricos e com os melhores desempenhos de educação.
Uma das causas do baixo rendimento apontada pelo estudo é o aumento da distração durante as aulas.
Entre os estudantes brasileiros, por exemplo, 8 em cada 10 disseram que se distraem com celular nas aulas de matemática – sendo que a média geral foi de 6 em cada 10.
Diante deste cenário, o debate sobre a proibição do uso de celulares em escolas se intensifica.
O aumento das taxas de depressão, ansiedade, baixo rendimento escolar e solidão entre jovens ressalta a importância de uma discussão mais ampla sobre o uso de smartphones.
Pais e educadores são alertados para os riscos associados ao uso excessivo desses dispositivos, destacando a necessidade de estratégias que promovam um ambiente escolar mais saudável e produtivo.
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