
Discussão acalorada envolve Marcelo Achutti e Samir Dawud durante sessão desta quarta-feira
A sessão da Câmara Municipal de Balneário Camboriú desta quarta-feira (13) foi marcada por uma cena tensa entre os vereadores Marcelo Achutti (MDB) e Samir Dawud (Cidadania). Durante os debates, Achutti levantou-se de forma exaltada, apontou o dedo para Samir — que ocupava a tribuna — e o chamou repetidas vezes de “mentiroso!”, obrigando colegas a intervir para evitar uma possível agressão.
A discussão teve origem no projeto de lei apresentado por Achutti, que pretende proibir a realização de eventos de cunho erótico no Teatro Municipal Bruno Nitz, como o Festival Burlesco. O PL surgiu após o Ministério Público recomendar a derrubada do decreto da prefeita Juliana Pavan (PSD), que tentava impedir o festival no teatro. Com a medida do MP, o evento ocorreu normalmente em setembro, no ArthouseBC.
O projeto recebeu parecer contrário da Comissão de Justiça e Redação, presidida por Samir. Em plenário, Samir afirmou que Achutti, apesar de estar no quarto mandato, teria “desaprendido a fazer projeto” e insinuou uma suposta maldade ao encaminhar o parecer à imprensa. A declaração irritou profundamente Achutti, que se levantou da cadeira, gritou “mentiroso!” e caminhou em direção ao colega, sendo contido pela turma do “deixa disso”.
Após o episódio, em entrevista ao DIARINHO, Achutti declarou que não se arrepende da postura adotada.
“Eu não me arrependo de ter chamado ele de mentiroso, porque naquele momento não foi verdade. Eu não mandei para a imprensa. Pelo contrário: a imprensa pegou, atribuiu e noticiou. Não mandei para o DIARINHO, não mandei para a Jovem Pan. Quando eu mando, eu falo”, afirmou.
A Câmara não se manifestou oficialmente sobre o caso. O clima político, entretanto, segue acirrado em Balneário Camboriú, especialmente diante de pautas que envolvem liberdade artística, políticas culturais e limites institucionais.




















