
O delegado André Beckman, responsável pela investigação do crime brutal que vitimou duas pessoas, Agostinho Petry, 57 anos, e Eliana Maria Stickel Francisco, 46 anos, na noite desta terça-feira (19), em Timbó, no Vale do Itajaí, deu mais detalhes sobre o andamento da investigação.
Ele diz que a Polícia Civil vai trabalhar com a hipótese de que mais pessoas praticaram o crime. “Pela lógica, é muito difícil uma pessoa só conseguir render duas. A gente vai trabalhar com a hipótese de que mais de uma pessoa trabalhou com essa situação. Isso será verificado”, afirmou.
No momento, a polícia trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que o carro do homem, uma caminhonete L200, foi levado do local. Porém, o delegado destaca que o automóvel foi abandonado.
“Se a motivação foi simplesmente roubar aquela caminhonete, ela foi abandonada. Então, a gente resume que roubar o carro não era bem a intenção dos suspeitos, mas isso também será verificado, se foi latrocínio ou se foi algum outro tipo de crime nesse caso”, ressalta.
Roubo do veículo
De acordo com informações apuradas pelo ND+ junto à PM, o carro roubado na casa das vítimas foi localizado ainda na noite desta terça-feira (19) em uma transversal da rua São Vicente, em Indaial. No entanto, segundo a polícia, há indícios de que a caminhonete estivesse abandonada no local desde quinta-feira (14).
O trajeto entre a casa do casal até o local em que o automóvel foi encontrado será verificado. “Nós precisamos verificar esse trajeto, a data desse trajeto. A equipe de investigação esteve o dia inteiro na rua selecionando as testemunhas que possam ter alguma informação de relevância para essa situação e, neste momento, a Polícia Civil está compilando as informações e filtrando aquelas que podem ajudar para o desenrolar dessa investigação”.
Passagens pela polícia
Conforme o relatório emitido pela PM do Estado, Agostinho tinha passagens pela polícia por maus tratos, ameaça e vias de fato. O delegado afirma que será analisado se o crime brutal possa ter relação com a ficha criminal de Augustinho. “A gente vai analisar se existe uma relação direta entre esses fatos, que não bem menos graves, com o homicídio. Se isso pode ter representado uma motivação que levasse alguém a tirar a vida dessas pessoas”.
Crime chocante
A polícia foi acionada pelo filho da vítima. O rapaz informou aos policiais que o pai não respondia as mensagens e, por isso, foi até a casa do homem. Chegando lá, ele encontrou o casal morto. A casa, localizada no bairro Araponguinhas, estava com sinais de ter sido revirada.
De acordo com informações da PM, o homem foi encontrado em um cômodo da casa decapitado. Já a mulher estava em outro ambiente, sentada em uma cadeira, e com diversos ferimentos na cabeça e nas costas.
O delegado afirmou que o crime foi praticado com arma branca. “As mortes se deram por golpes de arma branca e as vítimas foram amarradas”.
Término das investigações
Para concluir as investigações, a Polícia Civil depende de laudos da Polícia Científica sobre o local do fato, sobre as vítimas no exame necroscópico e ainda sobre o veículo que foi recuperado. “A Polícia Científica tem muito trabalho e a gente quer que eles trabalhem da melhor forma possível. Eles vão entregar no tempo certo, mas a gente pretende terminar essa investigação no prazo de 30 dias”, finaliza o delegado.
Fonte Nd+