
A primeira vítima identificada da tragédia na BR-376 é o caminhoneiro José Maria Pires, de 60 anos. A família reconheceu pelas primeiras imagens o caminhão com container vermelho que ele dirigia.
Segundo informações, a família acredita que ele tenha sobrevivido ao impacto da terra, mas na escuridão total, quando tentou sair da cabine, tenha caído na ribanceira. O último contato que ele fez com a família foi por volta das 18h30 de segunda-feira (28), menos de uma hora antes da tragédia.
Ele era casado, tinha cinco filhos e morava em São Francisco do Sul. O corpo já foi liberado e será velado e sepultado nesta quarta (30) em São José dos Pinhais, no Paraná.
Uma segunda vítima fatal, ainda não identificada, foi confirmado pelas equipes de resgate.
Liberação da pista
O trecho está bloqueado após um deslizamento de terra que ocorreu na noite de segunda-feira (28). Em uma entrevista, o superintendente executivo da PRF falou que “ainda é cedo para uma previsão assertiva, mas em torno de quatro a cinco dias”.
Resgate
A montanha de terra atingiu ao menos 15 carros e seis caminhões na noite de segunda-feira. Os dois sentidos da rodovia seguem interditados. Os bombeiros retomaram as buscas pelas vítimas na manhã de hoje, após o trabalho ser interrompido na madrugada devido a forte chuva. Até a tarde de ontem, seis pessoas tinham sido resgatadas com vida. Não há informações sobre o número de desaparecidos.
O deslizamento foi no km 669, na descida da serra, no sentido de quem vem pra Santa Catarina. O trecho sofreu com dois deslizamentos. Ainda durante à tarde de segunda-feira, um talude da encosta cedeu sobre uma das faixas, que foi interditada. O fluxo seguiu em uma pista no sentido Sul até que, por volta das 19h, um novo desmoronamento atingiu os veículos que passavam. A lama ainda se estendeu para a pista no sentido Norte.
Rotas alternativas
Devido à operação de emergência no local, a concessionária Arteris Litoral Sul orientava que os motoristas pegassem as rotas alternativas entre os dois estados pela BR 116 (Curitiba), BR 470 (Navegantes) e Serra Dona Francisca (SC 418). Quem optou em fazer o desvio pela travessia de ferry boat em Guaratuba enfrentou longas filas.
Na BR 376, no sentido Santa Catarina, as opções de retorno são nos km 617, 619, 625 e 633 antes da interdição no km 635 (pedágio de São José dos Pinhais). Antes do bloqueio no km 662 (posto da PRF), as opções são o retorno nos km 644, 648 e 654. Já antes do trecho do deslizamento, o retorno deve ser feito no km 663.
Em Santa Catarina, a BR 101 no sentido Paraná, tem opções de retorno nos km 27, 25, 20, 14, 10, 6 e 1,8, antes do bloqueio no pedágio de Garuva. No local, a PRF registrava filas de mais de oito quilômetros.
A opção para cruzar os estados é pela BR 116, via BR 470, numa rota que soma 500 quilômetros. O desvio pela Serra Dona Francisca, entre Joinville e Campo Alegre, pode ser uma rota alternativa, mas também sofreu com deslizamento de terras e na terça-feira o tráfego ocorreu em comboios de veículos e liderados por carros da Polícia Militar Rodoviária (PMR).
